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Dólar avança a R$ 5,15 e fecha no maior valor em seis meses

O dólar fechou a sessão desta terça-feira (3) em alta, em meio a uma onda de cautela global. Investidores monitoravam a alta nos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano), após novos dados de emprego dos Estados Unidos sugerirem que os juros devem ficar em nível elevado por mais tempo no país.


O tom negativo dos mercados internacionais também pressionou o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, que fechou em queda.


O mercado ainda segue na expectativa por novos dados dos EUA ao longo desta semana e pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que acontece amanhã.


Veja abaixo o dia nos mercados.


Dólar

 


Ao final da sessão, a moeda norte-americana registrou um avanço de 1,71%, cotada a R$ 5,1530. Na máxima do dia, alcançou os R$ 5,1601. Veja mais cotações.


Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,79%, cotado a R$ 5,0662. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:


  • • altas de 2,51% na semana e no mês;
  • • queda de 2,37% no ano.

 


Já o Ibovespa fechou com um recuo de 1,42%, aos 113.419 pontos.


Na véspera, o índice fechou em queda de 1,29%, aos 115.057 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular:


  • • quedas de 1,29% na semana e de 1,29% no mês;
  • • alta de 4,85% no ano.


O que está mexendo com os mercados?

 


Sem grandes novidades na agenda doméstica, as atenções dos investidores estiveram voltadas para o exterior nesta terça-feira (3).


Além dos temores sobre uma eventual recessão econômica global, que seguem pesando nos negócios, o mercado também repercutiu novas indicações de que os juros básicos dos Estados Unidos devem seguir em patamares elevados por mais tempo.


Essa leitura ganhou força após o relatório Jolts, de abertura de vagas de trabalho, ter registrado uma alta inesperada em agosto.


O documento apontou um aumento de 690 mil postos no mês, chegando a 9,610 milhões. A expectativa de mercado era de 8,8 milhões de empregos, em patamar de estabilidade em relação a julho.


Sinais de melhora no mercado de trabalho da maior economia do mundo também podem indicar uma maior dificuldade no controle da inflação por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) — já que mais emprego também significa mais dinheiro nas mãos da população e, consequentemente, mais pressão sobre os preços.


Por conta da inflação elevada, os juros norte-americanos já estão no maior patamar em quase duas décadas, entre 5,25% e 5,50% ao ano. O Fed já disse que pode continuar subindo as taxas para conter o avanço dos preços, o que tende a gerar uma estagnação na economia e, eventualmente, a recessão.


Com isso, os Treasuries de 10 anos dos EUA chegaram a marcar 4,7% — o maior nível desde outubro de 2007 — e os três principais índices de Wall Street fecharam em queda.


Agora, a grande expectativa fica pelos dados do mercado de trabalho dos EUA de setembro, previstos para sexta-feira (6).


á no Brasil, analistas repercutiram os dados de Produção Industrial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que registraram uma alta de 0,4% em agosto na relação mensal, eliminando parte da queda de 0,6% de julho. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve expansão de 0,5%.


O indicador, no entanto, ainda ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado. A XP, por exemplo, projetava um crescimento de 0,6% ante julho e de 1,1% em comparação a agosto de 2022.


Além disso, também segue no radar eventuais sinais sobre os juros básicos brasileiros. Ontem, pela madrugada, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou a mensagem mais recente da instituição sobre a Selic, afirmando que o ritmo de cortes de 0,50 ponto percentual é o “apropriado” atualmente.


“A gente entende que o meio por cento é um ritmo apropriado hoje, dadas as condições”, disse Campos Neto em entrevista gravada para o programa “Conversa com Bial”, da TV Globo. “Achamos que a inflação está indo para o caminho correto”.


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