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Ex-diretor da Emurb acusado de participar de esquema que desviou milhões consegue habeas corpus

Informação foi confirmada pelo advogado de defesa de Jackson Marinheiro. Decisão saiu no início da tarde desta terça-feira (11) e foi do STJ.

A defesa do o ex-diretor da Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb), Jackson Marinheiro, informou no início da tarde desta terça-feira (11) que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) concedeu o habeas corpus ao ex-gestor, que é acusado pelo Ministério Público do Acre (MP AC) de participar de um esquema de fraudes que gerou um desvio de R$ 7 milhões na Emurb.


Marinheiro e outras 17 pessoas foram presas no dia 1º setembro durante a 2ª fase da Operação Midas. No dia 6 de setembro, o MP-AC ofereceu denúncia contra 19 empresários e servidores públicos da empresa.


A fraude em notas fiscais emitidas na Emurb gerou um desvio de R$ 7 milhões em verbas públicas, segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).


O advogado de defesa de Marinheiro, Erick Venâncio afirmou que o STJ entendeu que a prisão preventiva do ex-diretor não era necessária, uma vez que não apresentava risco à ordem pública.


“Vamos esperar que o Ministério Público ofereça sua denúncia, porque uma investigação que corre há 3 anos sem denúncia, é estranha. Ele não foi citado em nenhuma denúncia. O que houve foi um mandado de prisão preventiva, que foi fundamentado na garantia da ordem pública e a decisão do Superior Tribunal de Justiça foi o contrário. Entendeu que ele em liberdade não põe em risco a ordem pública, que a prisão preventiva é absolutamente desnecessária e que ele pode responder o processo, se aparecer processo ainda, em liberdade”, explica.


Para que Marinheiro seja solto, o advogado explica que deve haver uma comunicação oficial para que seja expedido o alvará de soltura.


COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA

O promotor de Justiça Fernando Cembranel, que faz parte do Gaeco, explicou que as fraudes eram feitas principalmente no âmbito da execução de serviços. Máquinas e demais equipamentos eram alocados e colocados nos contratos com horas de serviços que não eram executadas, o que geravam pagamentos a mais. Além disso, eram emitidas notas fiscais de fornecimento de madeira e cimento que jamais entraram no estoque da Emurb.


Ainda segundo o promotor, os documentos entregues à investigação na gestão anterior da Emurb eram “maquiados”, por isso, a necessidade de uma segunda fase da operação. Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa e peculato.


“Os desvios pontuais para beneficiar um ou outro integrante dessa organização também eram registrados e formalizados como se fossem o fornecimento de um material utilizado com a própria finalidade da Emurb. Então, a corrupção estava tão institucionalizada na Emurb que chegou a esse ponto de se formalizar como demandas extras o que era objeto de desvios e peculato”, explicou o promotor.


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