Pesquisar
Close this search box.
23.1 digital master super banner pmrb rbo do futuro 2024

Bombeiro que atuou na busca de mulher dada como morta, mas que apareceu viva horas depois revela: ‘nunca vi algo semelhante’

“Em 20 anos de profissão, nunca vi algo semelhante”, afirma o 3° sargento de Polícia Militar Soniel, de 49 anos, que atuou nas buscas pela esteticista Priscilla Pereira da Silva, de 46, que ficou desaparecida por quase 9h na última terça-feira (17) no mar em Peruíbe, no litoral de São Paulo. Ela chegou a ser dada como morta por familiares e amigos.


Em entrevista exclusiva ao g1, o sargento do Corpo de Bombeiros confessou que nunca havia vivenciado situação semelhante à que foi protagonizada pela esteticista.


Soniel conta que o grupo de salvamento, formado por seis oficiais, começou o trabalho de buscas por volta das 8h, na Praia do Guaraú. A mulher, no entanto, foi encontrada longe do mar, mais precisamente na beira da estrada, por volta das 16h. Foi uma colega confeiteira quem a resgatou.


Priscilla foi encontrada viva à beira da estrada — Foto: Reprodução

Segundo o sargento, durante os trabalhos de buscas, a sobrevivente chegou a ser avistada na “Toca do Índio”, praia que, segundo ele, fica a aproximadamente três quilômetros da Praia do Guaraú [por mar]. O profissional também contou que socorristas chegaram a utilizar motos aquáticas para procurar a vítima, mas não adiantou.


Soniel explica que os bombeiros costumam navegar quase 300 metros ao redor da área do desaparecimento. A distância, segundo ele, normalmente é suficiente para localizar vítimas. No caso de Priscilla, porém a estratégia não funcionou. “Uma coisa bem fora do normal”, lembra.


Veja o relato de Priscilla


 


Mulher dada como morta pela família fala com exclusividade ao g1


Perigo


A sobrevivente relatou ao g1 que, depois de ter sido arrastada pelo mar para a segunda região de pedras, ela conseguiu subir nas rochas e seguiu por uma trilha.


O sargento explicou que a trilha, apesar de poder ser utilizada, é pouco movimentada e “difícil de andar”. Além disso, demonstrou surpresa pelo fato de a esteticista não saber nadar e ter conseguido se manter na água por horas numa região de mar agitado.


Sobrevivente ficou com ferimentos nas pernas, braços, mãos e pés após ser jogada contra pedras — Foto: Arquivo Pessoal

Relembre o caso


Na última terça-feira (17), Priscilla e a patroa caminhavam pela orla da Praia de Guaraú com a água na altura do joelho. Em determinado momento, pausaram para fazer a “hidroginástica improvisada”, por volta das 7h, um ritual de todos os dias.


A prática era rotineira, mas, naquele dia, Priscila conta que o mar começou a ficar forte e agitado. Quando se deu conta, notou que ela e a amiga estavam com a “água na altura do peito”. Priscilla observou que sua patroa, depois de muito esforço, conseguiu sair da água. Mas ela, sem saber nadar, não conseguia.


Enquanto a amiga mobilizava o Corpo de Bombeiros para resgatar a esteticista, a profissional optou por revezar sua energia boiando e “nadando cachorrinho” para se manter acima do nível da água. Ela conta que viu o grupo de bombeiros a procurando, mas eles não a localizavam.


Priscilla foi acudida por amigos e familiares — Foto: Arquivo Pessoal

Após algumas horas lutando pela vida, Priscilla decidiu se arriscar a voltar para terra firme, e conseguiu. Por sorte, uma conhecida a encontrou na beira da estrada e prestou socorro. Segundo a confeiteira Fábia Martins do Nascimento, que resgatou a colega, o encontro foi “muito emocionante”.


Neste meio tempo, amigos de Priscila começaram a mandar mensagens de conforto aos familiares pela perda. Priscila viu os textos e reforçou a “sensação de gratidão por ter tido a vida novamente”. “É realmente um milagre”, finalizou.


Prints mostram conhecidos lamentando morte de Priscilla — Foto: Arquivo Pessoal

Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
gif banner ac quarta e quinta verde (1)

Últimas Notícias