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Delegado Nilton Boscaro explica como funciona o “golpe da OLX”

Foto: Ilustrativa

Com os avanços tecnológicos cresceram também as formas de crimes pela internet, o delegado de Polícia Civil, Nilton Boscaro, explica aos leitores do Ecos da Notícia como funciona o famoso “golpe da OLX”.


Segundo Boscaro, neste golpe existem dois tipos de vitimas: o vendedor e o comprador. A ação funciona da seguinte forma:  o golpista vê um anúncio na internet (OLX, Facebook, etc.) e faz contato com o vendedor, demonstrando interesse em comprar o produto (ex.: veículo, vídeo game, etc.), solicita que o vendedor retire o anúncio da internet, o que é atendido pelo vendedor. A partir daí o golpista copia o anúncio publicado na internet e republica (faz um novo anúncio) de venda do produto, mas com outro número de telefone (o dele) e com o valor abaixo do mercado. A pessoa interessada em comprar o produto (o comprador) faz contato no telefone que está no anúncio e, sem saber, fala com o golpista, imaginando conversar com o legítimo vendedor do produto. O comprador negocia o produto com o golpista, o qual, para dar aparência de veracidade, sugere que o comprador veja o produto antes de comprar.


É neste momento, que o golpista arquiteta todo um plano para que a vítima não perceba que está sendo enganada. Então o golpista diz ao comprador que o produto está com algum conhecido (ex.: primo, irmão, cunhado, chefe, sócio, etc.) e solicita para que o comprador não fale de valores, sendo que, as vezes, o golpista pede para o comprador mentir – para a pessoa que vai lhe mostrar o produto – dizendo que é parente ou conhecido do golpista (o qual o comprador imagina ser o vendedor). Após conversar com o comprador, o golpista faz contato com o vendedor e conta a mesma história, dizendo que uma terceira pessoa (ex.: parente ou conhecido) irá ver o veículo. O comprador e o vendedor se encontram, imaginando ser algum parente ou conhecido da pessoa com quem estão conversando no WhatsApp. Comprador e vendedor não conversam sobre valores (conforme orientação repassada pelo estelionatário). Interessado no produto que viu, o comprador faz contato com o golpista, que envia os dados bancários (geralmente de outro estado) e o comprador efetua o pagamento (caindo no golpe).


Feito a primeira vítima (o comprador), o golpista faz contato com o vendedor e envia um comprovante de depósito ou transferência falso, afirmando que o parente ou conhecido irá apanhar o produto. Concomitantemente, fala para o comprador ir apanhar o produto. O vendedor acreditando ser verdadeiro o comprovante, não checa se o dinheiro foi creditado na sua conta bancária, assina o DUT (em caso de veículo) e entrega o produto para o comprador (nesse caso o vendedor é quem cai no golpe).


Dulcineia Evangelista, 34 anos, quase foi vítima desse golpe no fim do ano passado. Interessada em comprar um veículo, começou a pesquisar valores na internet, quando viu um carro com o valor bem atraente. “Era um preço abaixo da tabela, mas a conversa do então vendedor era bem elaborada, se apresentava, inclusive, como advogada. Mas quando começou a pedir que eu depositasse dinheiro pra liberar um documento, dizendo que o carro estava no pátio do banco eu suspeitei. Quando falei que achava que se tratava de um golpe a pessoa não me respondeu mais”.


O delegado alerta formas de prevenção para não cair no golpe como: copiar a URL (endereço da internet – OLX, Facebook, etc.) de onde foi postado o anúncio; desconfiar de valores comercializados abaixo do mercado; desconfiar de solicitações de urgência ou pressa; quando for mostrar ou ver o produto, converse com a pessoa sobre as tratativas, principalmente acerca dos valores; analise o produto pessoalmente e converse sobre a situação do produto (nota fiscal ou outro documento de propriedade, eventuais multas, etc.).


Acompanhe o vídeo na íntegra:


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