Pesquisar
Close this search box.
192882c8aaa53f9b4e234a4553bdad21

Bate-Estaca reitera vontade de lutar com Magaña: “Virou questão pessoal”

A confusão entre Cris Cyborg e Angela Magaña no retiro dos atletas promovido pelo Ultimate fez Jéssica Andrade comprar o barulho da compatriota e querer enfrentar a americana em seu próximo compromisso no Ultimate. A ex-desafiante ao título do peso-palha já havia desafiado a lutadora e voltou a manifestar sua vontade na última sexta-feira, durante conversa com a imprensa após a pesagem do UFC 212, no Rio de Janeiro. A Bate-Estaca disse que “virou uma questão pessoal” ao explicar o motivo de querer enfrentar uma lutadora que tem duas derrotas em dois confrontos na organização e que não faz parte do ranking da categoria até 52kg.


– Em termos de ranking, realmente não faria diferença nenhuma, ela não é ranqueada, não tem nada que vá me alavancar ou acrescentar, mas é mais por gostar muito da Cris. Estou comprando a briga dela mesmo. Fazer bullying com uma pessoa que é ícone do MMA feminino… Sem ela as portas de hoje não estariam abertas. Foi mto desrespeito dela. Você desrespeitar alguém acima da categoria é fácil, não vai lutar nunca com ela. Quero ver querer lutar comigo. Virou uma questão pessoal sim. Me coloquei no lugar da Cris porque já sofri muito bullying na escola, de me chamarem de homem, de sapatão, coisas do tipo. É muito chato, muito ruim você sofrer bullying de outra pessoa. Com certeza comprei a briga dela. Se a Angela topar, vou lutar com ela. Não tem problema não fazer sentido na carreira. Se o UFC permitir, luto com ela e depois faço mais três, quatro lutas antes de ir para o cinturão. Não tem problema nenhum – afirmou.


Caso o Ultimate não atenda seu pedido de enfrentar Magaña, Jessica listou as números 5 e 8 da divisão, Tecia Torres e Carla Esparza, respectivamente, como possibilidades.


– As ranqueadas acima de mim estão com luta marcada (Cláudia Gadelha e Karolina Kowalkiewicz, que se enfrentaram no último sábado, no UFC Rio), e a próxima que não está com luta marcada é a que provavelmente vai lutar com a Joanna (Rose Namajunas), então não vão queimar tiro antes da hora. Tem a Carla Esparza, Tecia Torres, todas nós estamos vindo de derrota, todas elas seriam muito boas.


No mês passado, Bate-Estaca disputou o cinturão dos palhas contra a campeã Joanna Jedrzejczyk, quando foi superada por decisão unânime no co-evento principal do UFC 211. Ao analisar o revés, a brasileira declarou que seu maior erro foi respeitar demais a capacidade da polonesa na trocação.


– Foi uma luta muito boa, consegui mostrar muito a garra do brasileiro, que a gente pode tomar pancada e a gente não cai, não desiste, mas acho que faltou muito eu não respeitá-la. Respeitei muito no segundo, terceiro e quarto rounds, não consegui encontrar ela para bater. No primeiro round ela fez o jogo dela, que é parar e vir para a trocação. Quando ela viu que parando e vindo para a trocação, eu acertei uma bomba e subiu um caroço na cabeça, aí ela mudou a estratégia, usou bem a envergadura dela, batia e saía e eu não conseguia encontrar. A estratégia era se ela socar, entrar batendo. Se chutar, entrar batendo, e não consegui e me perdi um pouco. No quinto round o mestre falou: “Você quer ganhar? Se quer ganhar, tem que dar tudo e tentar nocautear. O único jeito de ganhar é nocauteando”. Dei tudo, tanto que nunca vi a Joanna acabar uma luta com as mãos no joelho, e ela ficou ali respirando, cansada e vi que fiz uma coisa que ninguém fez com ela. Se tivesse feito todos os rounds como fiz o quinto, teria vencido a luta – declarou, acrescentando que o preparo físico não foi um problema durante o combate.


– Em nenhum momento senti o gás. Nosso medo era sentir o gás, então fomos dosando. Trabalhei bem o primeiro round, segurei um pouco no chão, consegui bater, ela se assustou bastante porque, quando tirei ela do chão e botei para baixo, ela ficou meio sem saber o que fazer, tanto que demorou um pouco mais para levantar. Do segundo round em diante, ela pegou mais meu jogo, e quando botava para baixo, ela já levantava. Eu respeitar demais foi não ter feito meu jogo, que é ir para cima, tomar pancada e seguir indo para cima. Tanto que no quinto round eu não respeitei ela. Ela me batia, e eu continuava indo pra frente. No quinto round veio na cabeça: “Estou tomando porrada todos os rounds até agora, não caí uma vez, não vai ser agora que ela vai me derrubar, então vou com tudo, dar meu máximo e entrar batendo nela”. Foi o que fiz, dei meu máximo, mas não deu tempo de cansá-la o suficiente para nocautear – finalizou.


Combate


Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
banner ac 17 a 18 de junho

Últimas Notícias