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Fotos mostram que baixo nível do Rio Acre vem desde a nascente do manancial no Peru

Imagens foram feitas pelo Corpo de Bombeiros durante expedição ao país vizinho. Acre passa por uma das mais severas secas.


Imagens feitas pelo Corpo de Bombeiros mostram que a situação de seca do Rio Acre, que banha e abastece oito cidades do estado, não é grave apenas do lado brasileiro.


O registro feito no dia 9 mostra que o nível do curso d’água na cidade de Iñapari, Peru, também está abaixo do normal. Em Rio Branco, o nível nesta sexta-feira (20) chegou a 1,70 metro.


O major Cláudio Falcão, dos Bombeiros, explica que as fotos foram feitas por um tenente-coronel da corporação durante uma expedição a nascente do Rio Acre. O militar faz um estudo junto com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM).


“O rio apresenta um nível baixo em toda a sua extensão. Isso significa que oito cidades do estado banhadas pelo rio estão em alerta máximo”, afirma Falcão.


De acordo com o major, esta é a primeira vez na história que uma seca severa afeta o Acre durante a segunda quinzena de outubro. Ele explica ainda que o Corpo de Bombeiros auxilia o CPRM na análise do Rio Acre.


O estudo abrange também outros rios da região. A ação faz uma espécie de monitoramento para pensar medidas e analisar o comportamento das águas dos mananciais.


Apesar de fortes temporais que atingiram Rio Branco no fim de novembro e início deste mês, eles não contribuíram para que o volume do Rio Acre aumentasse. Falcão afirma que isso acontece porque essas fortes chuvas foram localizadas.


No dia seguinte ao temporal em que choveu 113 milímetros em duas horas, o Rio Acre estava 14 centímetros abaixo do o nível no dia anterior.


“Enquanto as chuvas forem localizadas e chover um grande volume de uma só vez, elas não vão fazer diferença [no nível do Rio Acre]. Quando começar a chover em Rio Branco e nos outros municípios de maneira regular, quando passa várias horas ou até mesmo o dia todo chovendo e o intervalo entre uma chuva e outra é pequeno, é que a situação vai mudar”, enfatiza o major.


Leito do Rio Acre próximo a nascente, no Peru (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros do Acre)

Leito do Rio Acre próximo a nascente, no Peru (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros do Acre)


Medidas

Em 25 de agosto o governo do Acre decretou situação de emergência em três cidades devido ao baixo nível do Rio Acre. A capital Rio Branco e duas cidades do interior – Porto Acre e Brasileia – foram incluídas incluídas na decisão.


A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado do Acre (DOE). No mesmo dia, a mesma medida foi adotada em Cruzeiro do Sul devido à seca do Rio Juruá.


Já no início deste mês, o governo federal reconheceu o decreto de situação de emergência nas três cidades acreanas: Rio Branco, Brasileia e Porto Acre. O reconhecimento da União facilita a captação de recursos para o Estado executar ações que amenizem as consequências da longa e severa estiagem que afeta o Acre desde agosto.


O Ministério da Integração Nacional autorizou, no dia 13 deste mês, o repasse de R$ 420 mil para garantir o abastecimento em cidades que enfrentam a estiagem. O valor deve ser usado para amenizar as consequências da seca sendo aplicado para abastecer a população por meio de carros-pipa em bairros de Rio Branco, Brasileia e Porto Acre.


Seca Bujari

A cidade do Bujari, interior do Acre, também passa por uma das maiores crises hídricas de sua história. Há quase 100 dias não chove o suficiente para que o abastecimento no município seja garantido à população. O reservatório de água da cidade, que tem o tamanho de 20 campos de futebol, está completamente vazio.


Com a situação crítica, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) adotou, desde 29 de setembro, medidas para que a cidade não fique sem água. Em apenas13 dias de operação, o Depasa afirma que os veículos fizeram 388 viagens e transportaram mais de 7,7 milhões de litros de água tratada da Estação de Tratamento (ETA II) em Rio Branco para o depósito da cidade.


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