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Lewandowski trabalha sob a sombra de Dino e patina na Segurança Publica, avaliam ministros

23/01/2024 - Flávio Dino e Ricardo Lewandowski em reunião sobre a transição no Ministério da Justiça Jamile Ferraris/MJSP

Há menos de dois meses como ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, já é alvo de críticas entre os próprios colegas de governo.


As opiniões negativas se intensificaram após ele convocar um pronunciamento para anunciar que a delação premiada de Ronnie Lessa sobre o caso Marielle foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).


Em conversas reservadas, ministros veem como apática a atuação de Lewandowski à frente da pasta que tem como missão cuidar da segurança pública, um dos pontos mais cobrados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


Em caráter reservado, um colega de Esplanada avalia que Lewandowski, ex-ministro do Supremo Tribunal federal, aceitou o convite de Lula pensando nos temas ligados à Justiça, mas se vê absorvido pelas questões de segurança.


“Ele achou que ia ser ministro da Justiça, mas o aquilo (o ministério) é uma grande delegacia de polícia”, observou.


Seis dias após a posse de Lewandowski no Palácio da Justiça, dois criminosos fugiram de um presídio de segurança máxima em Mossoró (RN). O caso segue sem solução e expõe a ineficácia das ações do governo, que colocou a recaptura dos presos como prioridade.


Outro ministro também lamentou o fato de Lula ter indicado o ex-titular da pasta, Flávio Dino, para o STF. “Dino era o ministro da Justiça ideal”, disse.


A avaliação, de modo geral, é que o estilo combativo e midiático de Dino faz falta ao governo Lula.


Nas redes sociais, o hoje ministro da Supremo conseguia usar os espaços para falar das ações do governo e, ao mesmo tempo, ser uma voz forte contra o bolsonarismo.


O anúncio da homologação da delação de Ronnie Lessa sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, que completou seis anos nesta semana, foi visto como desnecessário.


Aliados de Lewandowski, porém, citam que o pronunciamento foi feito em acordo com o presidente Lula e com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.


Na terça-feira pela manhã, o ministro recebeu uma equipe da Polícia Federal do Rio e fez uma reunião de duas horas sobre a investigação. À tarde, foi ao STF conversar com o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito na Corte, que confirmou a homologação.


Após isso, Lewandowski se reuniu com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que disse que um anúncio da delação não atrapalharia as investigações. Em seguida, Lula e Anielle foram consultados e o pronunciamento convocado.


Em reunião, com parlamentares do PSOL na quarta-feira (20), Lewandowski disse que é “questão de dias” eles saberem os mandantes do crime.


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