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Júri popular absolve mulher acusada de matar marido e enterrar o corpo no quintal de casa

Mulher confessa ter matado marido e enterrado corpo há 2 anos no jardim de casa, em Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A Justiça de Goiás absolveu Kátia Soares Pereira Teles, de 40 anos, que era acusada de matar o marido e enterrar o corpo dele no quintal de casa, em Goiânia. A sentença foi decidida nesta terça-feira (6), em júri popular presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara.


“Ela foi absolvida dos dois crimes que ela respondia. Ela confessou os dois delitos, mas todas as testemunhas e a própria Kátia sempre declararam que ela vivia sobre opressão há 18 anos de relacionamento com o marido”, explicou o juiz.


O crime aconteceu no dia 19 de maio de 2018, no Setor Parque Tremendão, na capital. Kátia era acusada dos crimes de homicídio e ocultação de cadáver contra o marido Joel de Sousa Teles. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), o Ministério Público havia solicitado a absolvição da ré pelo crime de homicídio e a condenação pela ocultação de cadáver. No entanto, o júri a absolveu de ambos os crimes, ainda que ela tenha os confessado.


Ao g1, o advogado de Kátia, Rogerio Rodrigues de Paula, explicou que a defesa usou a tese de que ela agiu por legítima defesa em relação ao homicídio, e por “inexibilididade de conduta diversa” em relação à ocultação de cadáver, que foi acatada pelos jurados.


Ela sofria muito. Ela tinha acabado de cometer o homicídio em legítima defesa. Tinha como ela fazer outra coisa a não ser ocultar?”, questiona o advogado.


Mulher confessou ter matado marido a facadas e enterrado corpo no quintal — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O magistrado ainda explicou detalhes sobre a situação que era vivenciada pela ré.


“Ele batia nela, batia na enteada, nas filhas. Cometeu abuso sexual contra a enteada e a filha mais nova. Ele ainda prometia matar tanto a Kátia, quanto as filhas. Ele chegava ao cúmulo de pedir às filhas que andassem de calcinha em casa, colocava uma escada na janela do banheiro para vê-las tomando banho. Além disso, ele vivia do tráfico de drogas, brigava com os vizinhos, batia com as pessoas na rua”, detalhou o juiz.


Segundo ele, ao ser questionado à acusada sobre os motivos de ela nunca ter se separado de Joel ou registrado ocorrência sobre a violência doméstica sofrida, ela respondeu ter medo do marido.


“Ela alegava que morria de medo dele, porque ele prometia e fazia. Como prometeu matar a Kátia e as filhas e que se um dia ele fosse preso, quando saísse da cadeia, ele ia matá-las ou os pais de Kátia, que eram idosos”, completou Jesseir.


Morte e ocultação de cadáver


O juiz explicou que, no dia do fato, Kátia estava na cozinha de casa quando Joel teria chegado e dado um “mata leão” nela. Na ocasião, ela pegou uma faca e o atingiu. Ele ainda explica que, ao pensar que o marido não havia morrido, ela pediu ajuda na rua em que morava e, no local, encontrou um traficante que a ajudou a abrir uma cova no quintal de Kátia e a esconder o corpo.


“Como ela mexia muito com plantas, quase ninguém percebia”, explicou o magistrado.


Na época, Kátia chegou a ser questionada sobre o sumiço do marido, mas ela relatava que eles tinham se divorciado e que ele havia ido embora para o Acre, onde tinha um emprego em vista. Eles não desconfiaram porque, de fato, Joel já havia relatado o interesse de se mudar para o norte do país.


“Teve uma sobrinha que entrou em contato com ela pelo WhatsApp. Ela falou que eles tinham tido uma briga porque ele tinha mexido com a filha que ela tem mais velha e que tinha ido embora, que eles tinham divorciado, que ela tinha dado queixa dele na polícia e que ele tinha ido embora para Acre”, contou uma parente, que não quis se identificar.


Além disso, o magistrado explica que a vítima viajava constantemente e que ele sempre brigava com as filhas e a esposa.


Dois anos após o fato, uma denúncia anônima denunciou que havia um corpo enterrado no quintal de Kátia. Lá, a polícia encontrou e retirou o corpo da cova e Kátia confessou os crimes.


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