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Com funcionários nervosos e sem bancos, empresas ocidentais tentam sair da Rússia

Foto: reprodução

Para as empresas estrangeiras que ainda estão decidindo o que fazer com seus ativos russos ociosos, a apreensão de um grande projeto de petróleo e gás pelo presidente Vladimir Putin é um alerta poderoso: vá rápido, senão… As empresas têm enfrentado dificuldades para encontrarem formas de sair do mercado russo e limitarem o impacto financeiro, sem colocarem funcionários em risco e, em alguns casos, deixando aberta a possibilidade de retornarem no futuro.


Quando os governos ocidentais começaram a aplicar sanções à Rússia após a invasão da Ucrânia no final de fevereiro, o presidente-executivo da empresa finlandesa de alimentos Paulig, Rolf Ladau, percebeu que o negócio de torrefação de café não era mais viável.


O café não estava nas listas de sanções, mas era quase impossível levar grãos para a Rússia, pois as empresas de transporte pararam de atuar no país e pagar em rublos estava ficando mais difícil.


Duas semanas depois do conflito, Ladau decidiu que a empresa iria embora do país e, dois meses depois, fez o que geralmente leva um ano – encontrar um comprador adequado para os ativos e selar um acordo. Em maio, a Paulig vendeu seus negócios russos ao investidor privado indiano Vikas Soi.


Mais de mil empresas ocidentais aderiram a um êxodo corporativo da Rússia – sem precedentes em sua escala e velocidade – enquanto lutam para cumprir as sanções e em meio a ameaças de retaliação do Kremlin.


Mais de 1.000 empresas do Ocidente aderiram a um êxodo corporativo da Rússia, sem precedentes na escala e na velocidade, forçadas pelas sanções e em meio a ameaças de retaliação pelo Kremlin.


Mas a Paulig fez parte de um número relativamente pequeno de empresas que vendeu ativos ou entregou as chaves a gerentes locais. Uma contagem da Reuters mostra que menos de 40 empresas, incluindo McDonald’s, Société Générale e Renault, anunciaram negócios.


Os obstáculos são enormes: a confusão pairou sobre o que o Kremlin permite que as empresas estrangeiras podem fazer; os funcionários estão nervosos após as ameaças de retaliação do governo russo; as sanções limitaram o conjunto de compradores e há pouco tempo para analisá-los; os preços de venda foram fortemente descontados; e as negociações estão sendo feitas virtualmente porque o medo de represálias torna muito arriscado visitar a Rússia pessoalmente.


Com Moscou preparando uma nova lei que deve entrar em vigor em breve, permitindo que o governo assuma o controle dos negócios locais de empresas ocidentais que decidirem sair do país, os riscos estão aumentando.


“Se você ainda não iniciou o processo ou se ainda tem dúvidas sobre isso, vai ficar mais difícil”, disse Ladau à Reuters, falando antes da investida de Putin no projeto de petróleo e gás de Sakhalin.


“A Rússia não tem interesse em deixar empresas estrangeiras saírem facilmente do mercado.”


Fonte: UOL


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