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Ex-MasterChef Júnior revela ter se afastado das redes sociais após ataques racistas

A Band anunciou, recentemente, que o “MasterChef Júnior”, versão do programa gastronômico disputada por crianças, retornará para uma segunda temporada. Sete anos após a primeira competição, a emissora deve ter a mesma preocupação de antes: os ataques às crianças nas redes sociais. Na primeira edição, algumas das vítimas foram Valentina Schulz, que sofreu assédio sexual, Aisha Santoz, que revelou ter se afastado da internet após sofrer ataques racistas.


“Uma das lembranças mais incríveis que eu tenho da época do programa foi a de chegar na escola e professores e alunos me reconhecendo da televisão. Algumas vezes, eu pegava um táxi e o motorista me reconhecia. No shopping, pediam para tirar foto e até aqui no bairro o pessoal batia no meu portão também pedindo foto”, relembrou Aisha, hoje com 16 anos, em entrevista ao UOL. No entanto, logo a situação mudou:


“Eu estava relamente vivendo um sonho até que, após alguns episódios irem ao ar, e mesmo com toda a tentativa da minha mãe de me proteger, de me blindar, comecei a receber também manifestações que não eram legais, que me machucaram e, de algum modo, me acompanham até hoje”, continuou. Na época das gravações, ela tinha apenas nove anos de idade.


“Algumas dessas manifestações simplesmente faziam ironias por eu ter derrubado meu prato e não ter continuado no programa, mas outras tentavam me diminuir, fazendo referência à minha cor, por exemplo, dizendo que eu não sabia cozinhar e só entrei no programa para cumprir cota racial. Isso me desanimava”, ainda disse Aisha, que depois do reality apresentou o programa “Cozinha Mágica”, no canal Discovery Kids.


“Toda aquela alegria e sensação de sonho realizado foram dando lugar a um medo. Eu não queria mais nem postar fotos nas redes sociais. Na minha cabeça, se eu me tornasse frequente nas redes sociais, estaria abrindo um canal para continuar recebendo mensagens feias”, declarou a jovem, explicando a ausência das plataformas. Ela ainda disse que, por causa do trauma, ficou sem celular até os 15 anos, mas agora se sente mais madura e até trabalha como influenciadora digital.



 


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