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Morador reclama de insegurança e assaltos a embarcações que trafegam em rios no Juruá

Assaltos ocorrem geralmente no trajeto entre Cruzeiro do Sul e Porto Walter. Delegado diz que para melhorar segurança no local é preciso que seja feito um trabalho conjunto entre as polícias.


Moradores de comunidades ribeirinhas no Vale do Juruá reclamam da insegurança nos rio da região. De acordo com as comunidades, bandidos frequentemente assaltam as embarcações para roubar mercadorias.


As ações ocorrem geralmente no trajeto entre Cruzeiro do Sul e Porto Walter. O delegado Lindomar Ventura disse que para melhorar a segurança no local é preciso que seja feito um trabalho em conjunto entre as polícias.


O agricultor João Ferreira de Lima, de 71 anos, que mora há 20 anos na região do Juruá Mirim, disse que já foi vítima de roubo. Ele conta que foi assaltado duas vezes esse ano uma em fevereiro e outra em março. Em uma das vezes ele estava com o enteado e o filho e o prejuízo total foi de pelo menos R$ 18 mil.


Lima diz que precisa ir à cidade a cada dois meses comprar mantimentos para a família de 12 pessoas e relata o medo de fazer a viagem de volta para a comunidade.


“Minha preocupação é que temos que viajar a Cruzeiro e estamos assombrados com o que está acontecendo. Tem gente baleado no hospital que não sabemos nem se vai sobreviver. O interessante é que se nós moradores viermos armados, a polícia toma nossas armas e deixa os bandidos armados”, reclamou.


O agricultor pede que a polícia tome uma providência quanto aos roubos que ocorrem no rio. “Meu enteado foi roubado e até hoje ainda tem marca nas costelas de tiro que pegou de raspão. Estou aqui na cidade e com medo de ser assaltado novamente”.


Ele diz ainda que os moradores do Juruá Mirim estão com medo de novos ataques. “O Rio Juruá Mirim está abandonado, a polícia não aparece por lá, têm boatos de mortes nas cabeceiras. Somos cerca de 100 famílias que trabalham na roça para fazer farinha e levar à cidade para vender e comprar mantimentos. É preciso fazer alguma coisa”. Complementa Lima.


O delegado Lindomar Ventura falou que a Polícia Civil tem preocupação com a segurança nos rios da região. Porém, como é uma região de fronteira, o trabalho não pode ser feito só pela Civil.


“Temos outras instituições de segurança que devem fazer esse trabalho. Temos feito nossa parte, mas reconhecemos que é insuficiente. O Juruá Mirim é um ponto delicado e exige uma ação coordenada e maior dos órgãos de Segurança Pública”.


Ventura disse ainda que alguns casos de roubos ao longo do Rio Juruá e Juruá Mirim foram registrados na delegacia.


“Recebemos alguns registros de roubos na região e isso exige um trabalho de inteligência para levantamento de informações. Podem ser pessoas da cidade que vão a estes locais cometer crimes, mas podem ser pessoas da região”, finalizou.


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