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Falta de acesso a especialistas dificulta diagnóstico de autismo no Acre, diz presidente de associação

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A falta de acesso a médicos especialistas acaba dificultando o diagnóstico de autismo no Acre. No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado nesta segunda-feira (2), o presidente da Associação Família Azul, Abraão Carlos Púpio, afirma que há pessoas que nem sabem que tem autismo.


“Existe a dificuldade de acesso as terapias multidisciplinares para fechar um diagnóstico. Temos dificuldade de atendimento com psiquiatra, psicólogo, psicopedagogo, psiquiatra infantil e neuropediatra”, lamenta.


Púpio reclama também da falta de inclusão no ensino regular, principalmente na rede pública. Ele explica que pesquisas recentes mostram que uma em cada 68 pessoas no mundo possui autismo. No Acre, segundo ele, conforme a proporção de habitantes, o número seria de 9 mil autistas, mas a maioria não possui diagnóstico.


“É preciso discutir de modo muito sério a inclusão. Não basta pegar uma pessoa autista e jogar no ensino regular. Se não tiver um mediador, treinamento e capacitação, esse aluno não vai desenvolver as suas potencialidades”, ressalta.


Abraão Púpio diz que a falta de acesso a especialistas dificulta diagnóstico de autismo no Acre (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)


O presidente da associação explica que o autismo possui vários graus e causa problemas na comunicação e interação social. Por isso, é preciso discutir a situação para que o transtorno seja diagnosticado o mais rápido possível para que o paciente receba tratamento adequado e possa ter mais autonomia.


“Há pessoas que muitas vezes não conseguem amarrar o cardaço de um sapato, não tem autonomia e mesmo em idade adolescente ou adulta usa fraldas descartáveis. Às vezes podem ter quadros graves de automutilação, alguns têm quadro de agressividade ou deficiência intelectual. É uma questão muito complicada que é preciso discutir”, afirma.


Programação

Devido ao Dia Mundial de Conscientização, a associação no Acre vai fazer uma semana de programação em Rio Branco. Nesta segunda (2), o grupo participou de uma audiência pública na Câmara de Vereadores da capital, onde reivindicaram políticas públicas pra pessoas com o transtorno do espectro autista.


Na quarta (4), devem fazer uma passeata no Centro da capital acreana. A concentração está marcada para 7h30 em frente ao Comando da Polícia Militar. De lá, os participantes seguem até a Assembleia Legislativa do Acre.


“Pedimos que procurem ajuda, estamos a disposição dentro das nossas possibilidades. Muitas vezes em um simples diálogo você já consegue tornar o seu dia a dia menos doloroso. Temos muitos casos de pais que se separam e geralmente a mãe fica encarregada de cuidar desse filho. Sabemos que é difícil e queremos ajudar”, finaliza.


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