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Diretores fecham acordo com facções para manter segurança em escolas do AC, diz sindicato

Denúncia consta em ofício encaminhado ao Ministério Público do Acre por sindicato. Sinteac pediu audiência e cobra providência de órgãos públicos.

O medo, a violência e as ameaças contra professores e funcionários dentro das escolas do estado chegou ao ponto de diretores fecharem acordos com membros de facções criminosas para garantir a segurança da comunidade escolar. O caso foi denunciado em ofício no início do mês e encaminhado ao Ministério Público do estado, pelo sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac).


O documento diz ainda que diariamente escolas são invadidas por criminosos que roubam equipamentos e depredam as instituições. O G1 tentou por uma semana, mas por medo de retaliação, nenhum professor quis falar para a reportagem.


No ofício, o Sinteac pede uma audiência pública com o órgão e a convocação dos representantes da Secretaria de Segurança Pública (Sesp-AC), polícias Civil e Militar e secretarias de Educação estadual e municipal. O diretor jurídico do Sinteac, Daryl de Oliveira, afirmou que professores a alunos já foram assassinados e que escolas chegam a ser interditadas por falta de segurança e proteção à comunidade escolar.


“Há relatos de diretores e dos próprios professores que estão sofrendo retaliações. As facções estão dentro das escolas, a violência está dentro das escolas e é grande. Os professores têm sofrido com essa situação, muitas vezes impedidos de dar aula, as escolas fechadas por conta da violência”, lamenta.


Em maio deste ano, um estudante de 15 anos foi baleado na cabeça dentro da sala de aula na Escola José Raimundo Hermínio de Melo, em Sena Madureira. Dois homens armados invadiram o local e disparam contra a vítima. Em outro caso, três alunos, de 9, 10 e 12 anos foram flagrados em um banheiro de uma escola de ensino fundamental em Cruzeiro do Sul com substância aparentando ser maconha.


Em Rio Branco, uma confusão generalizada foi causada após uma bomba ser solta dentro da Escola de Ensino Integral Glória Perez. Seis alunos foram identificados como sendo responsáveis por soltar as bombas. Ninguém ficou ferido.


Crianças foram pegas fumando maconha dentro de escola em Cruzeiro do Sul (Foto: Anny Barbosa/G1)

Crianças foram pegas fumando maconha dentro de escola em Cruzeiro do Sul (Foto: Anny Barbosa/G1)


Nesta quarta (21), professores se reuniram com deputados na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para discutir a estrutura das escolas e a implantação do ensino integral que atualmente é oferecido por sete escolas. Para Oliveira, é preciso adotar políticas públicas e estratégias para garantir a segurança dos servidores e alunos nessas instituições.


“O problema não tem sido só a implantação do ensino integral que ainda está sendo melhorado, mas também a questão da segurança dentro das escolas. Também abordamos a alimentação para que possa ser melhorada. Há falta de funcionários de apoio dentro da escola. Muitos funcionários que estão se aposentando e não há um quadro suficiente para que a escola do ensino integral funcione além das outras reivindicações feitas por funcionários aqui”, destaca.


O deputado estadual Daniel Zen (PT-AC), que atendeu os professores na Aleac, diz que nove pontos foram discutidos durante a reunião e que a Aleac deve dar encaminhamento às reivindicações e buscar soluções através das comissões de Segurança e Educação.


“É claro, que as soluções não dependem necessariamente e exclusivamente da Aleac, mas como uma casa de representação do povo vai acompanhar a comissão de servidores das escolas em todos os encaminhamentos sugeridos”, afirma.


Fonte: G1


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