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Vereador Camilo Cristófaro tem mandato cassado em São Paulo por racismo

O vereador paulistano Camilo Cristófaro (Avante) teve seu mandato cassado na tarde desta terça-feira (19).


Cristófaro é o primeiro parlamentar da história da Câmara de São Paulo com mandato cassado por um ato de racismo.
Foram 39 votos a favor da cassação e 4 abstenções.

Diversos grupos antirracistas participaram da sessão da votação que cassou o mandato do vereador. Dentro e fora do plenário, os manifestantes exibiram cartazes e faixas protestando contra o racismo e contra as falas racistas do parlamentar.


Por qual motivo o mandato foi cassado?

O episódio em que Cristófaro foi acusado de racismo ocorreu em maio do ano passado, quando o vereador falou, durante a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos, que “não lavar calçada é coisa de preto, né?”


O vereador estava participando da sessão de forma remota e não percebeu que o microfone estava aberto e o áudio foi “vazado” no plenário.


Primeiro em 24 anos

O vereador também é o primeiro a ter um mandato cassado nos últimos 24 anos. Os últimos casos de cassação na casa aconteceram em 1999, por corrupção, no escândalo que ficou conhecido como Máfia dos Fiscais.


Na época, foram cassados Maeli Vergniano e Vicente Viscome.


O vereador Camilo Cristófaro (Avante) se manifesta antes de a Câmara de São Paulo votar a cassação de seu mandato

O vereador Camilo Cristófaro (Avante) se manifesta antes de a Câmara de São Paulo votar a cassação de seu mandato / 19/09/2023 – Adriana De Luca/CNN

Confusão

Antes de os vereadores votarem, o advogado de Camilo Cristófaro, Ronaldo de Andrade, fez a defesa no plenário e afirmou que “foi uma frase mal colocada e não pode ser taxada como racismo”.


Durante a fala do advogado, houve um princípio de confusão com o vereador Adilson Amadeu (União Brasil), que chamou o advogado de “brincalhão”, quando ele fez menção a um processo que o Amadeu sofreu depois de ofender um colega durante uma sessão. Na época, Amadeu chamou o parlamentar de “judeu filho da p.”.


Depois do advogado, Camilo também fez um pronunciamento durante a votação e disse que a decisão já estava tomada. “Tenho 150 obras nesta cidade, e todas foram beneficiadas por negros. Nunca fui chamado de racista”, afirmou Cristófaro.


CNN procurou a defesa do vereador, que respondeu em um vídeo dizendo que “uma palavra fora de contexto tirar esse trabalho de um vereador que luta por tudo e por todos e pelos mais humildes é muito triste”.



 


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