Igrejas nos Estados Unidos estão usando aplicativos de vigilância para garantir que seus fiéis não estejam assistindo pornografia. Ex-membros da Gracepoint, uma igreja batista do sul, disseram que foram coagidos pelos líderes da igreja a instalar o aplicativo “anti-pornografia”, Covenant Eye.
De acordo com a Wired , o aplicativo espiona o tráfego da web dos usuários e faz capturas de tela de seus telefones a cada minuto, antes de enviar esses detalhes para outro usuário designado ou “parceiro de responsabilidade”.
A publicação revelou que o Convenant Eye juntamente com outro aplicativo, o Accountable2You, estavam abusando das permissões de acessibilidade para rastrear trilhas digitais dos usuários, incluindo capturas de tela de aplicativos sendo usados e gravação de todos os sites visitados.
Em 2012, a igreja batista Gracepoint tinha 450 membros sendo monitorados pelo Covenant Eyes. Ano passado, o app teve mais de 50 mil downloads na Play Store. O faturamento anual da companhia é de US$ 26 milhões, estima a Rocketreach.
“Eu não chamaria isso de spyware. “É mais como ‘vergonha’, e é apenas outra maneira pela qual a igreja controla você”, disse um membro da Gracepoint à Wired .
Outro ex-membro do Gracepoint, Grant Hao-Wei Lin, disse que recebeu “e-mails acusatórios” de seu líder da igreja após um mês após a instalação do aplicativo – A maior reclamação de seu líder religioso teria sido uma pesquisa feita por Lin usando a hashtag “#Gay”.
Embora Gracepoint fosse o foco central da reportagem da Wired, outras igrejas empurrando aplicativos semelhantes para seus membros também foram encontradas. Tanto o Covenant Eyes quanto o Accountable2You foram retirados da Google Play Store por violar suas políticas, mas ainda permanecem disponíveis no iOS.
