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Doutora Célia Rocha sobreviveu ao acidente da Rico e relata como escapou com vida e o que aconteceu na sua vida nesses 20 anos

Nesta terça-feira, 30 de agosto, faz 20 anos que uma aeronave Embraer, de prefixo PT-WRQ, pertencente a empresa Rico Linhas Aéreas, que saiu de Cruzeiro do Sul com destino a Rio Branco, com 31 pessoas a bordo, caiu e ceifou a vida de 23 pessoas.


Por mais incrível que pareça, alguns sobreviveram a tragédia, entre eles a médica pneumologista, Maria Célia Mendes da Rocha, atualmente com 71 anos de idade e em plena atividade profissional.


Doutora Célia nunca casou e não tem filhos, e no dia 30 de agosto de 2002, há exatos 20 anos, ela estava na cidade de Cruzeiro do Sul a trabalho, pela Secretaria de Saúde do estado do Acre, e ao entrar no avião para voltar para casa embarcou na pior viagem de sua vida.


No dia seria realizada uma noite da Feira de Exposições Agropecuárias, a Expoacre, e ninguém podia imaginar o que estava para acontecer. Por não conseguir realizar o pouso, o avião no qual viajava a médica se envolveu em um dos maiores acidentes aéreos da história acreana. “Ninguém percebeu nada, e não houve nenhum aviso. Fui resgatada por dois amigos médicos, que foram até o local do acidente. Fui de UTI no ar levada para o Hospital 09 de julho em São Paulo, aonde fiquei por três meses”, relata.


Em decorrência das sequelas sofridas, Mendes relata que teve que reaprender tudo na vida. “Nesses 20 anos muitas coisas aconteceram, pois houve um renascimento, daí tive que me readaptar a tudo, reaprender tudo, uma tarefa nada fácil, mas recebi esse renascimento como um presente divino”, conta.


O fato de ter sobrevivido ao acidente para Célia foi uma providência divina, ela sabe que tem uma missão, de principalmente ajudar ao próximo. “Sou espírita kardecista, sigo os princípios da Doutrina Espírita. Vejo a vida de uma forma positiva e acho que viver é sobremaneira ser humilde, ajudar o próximo sempre que possível, respeitar o ponto de vista do outrem. Enfim, quem não vive para servir não serve para viver”, explica.


Por ser alguém que viu a morte de perto, a juradora de Hipócrates deixa uma mensagem para quem tenta ou vive desperdiçando a vida com coisas supérfluas. “Procure viver da melhor forma possível, tendo como lema a humildade, o amor ao próximo, respeito, resiliência, e aceitar sobremaneira os desígnios de Deus, pois estamos aqui de passagem, não viemos para ficar”, especifica.


Quanto ao futuro, a profissionais de saúde fala em predestinação e princípios morais e éticos básicos. “Continuar a cumprir a missão para qual vim, ter como princípio de vida o amor pelo outrem, respeito e tentar ter êxito diante dessas proposições”, conclui.


Uma curiosidade


“Um ano e 6 meses após o acidente, ainda me recuperando com dificuldade, eis que surge mais uma luta para ser travada: um câncer de mama. Mais uma cidade, 30 radioterapias, e 8 ciclos de quimioterapia.”


Livro


“Um tempo depois do acidente aéreo escrevi um livro cujo título é: ‘Fé, força e garra’. Nele falo sobre o meu périplo. Há depoimentos de várias pessoas inclusive de jornalistas, como a Lenilda Cavalcanti, que estava na cobertura do acidente. Lancei em Rio Branco e na Academia Paraibana de Letras. Sou Paraibana de João Pessoa”.


AcreNews


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