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Técnica que viralizou ao usar jalecos costurados pela mãe na pandemia no AC guarda todos os looks: ‘é minha história’

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Vira e mexe a internet se questiona por onde anda Marinês de França Carneiro, hoje com 45 anos. Em 2020, início da pandemia, ela trabalhava como técnica em um laboratório de Rio Branco e viralizou nas redes sociais ao usar jalecos irreverentes e que cobriam todo o corpo. As peças eram costuradas pela mãe dela e agora o g1 vai mostrar por onde anda esse ícone da internet.


Na época, além de ser um equipamento de proteção individual, o jaleco usado por ela demonstrava o amor e cuidado de uma mãe, porque todas eles eram feitos pela aposentada Maria de França, mãe da técnica de enfermagem. Os looks viralizaram na internet pela forma, estampas, cores e criatividade da aposentada.


Atualmente, Marinês conta que trabalha na Secretaria Municipal de Educação na área da saúde nas escolas, orientando alunos sobre os decretos da Vigilância Sanitária e também dando suporte em tudo relacionado à saúde nas escolas.


Marinês guarda todos os jalecos que a mãe fez para ela — Foto: Arquivo pessoal

Mas, ela garante que guarda todos os jalecos costurados pela mãe lá em 2020, quando o Acre registrou os primeiros casos de Covid e as incertezas ainda eram grandes, principalmente para quem trabalhava na linha de frente no combate ao coronavírus.


“A saúde é minha história. A gente passou por todo aquele aperreio e estamos vivos, sobrevivemos a tudo aquilo, e a saúde é muito sobre amor ao próximo. Lembro que na época eu saía de casa chorando, mas tinha que trabalhar, ajudar meus colegas de profissão. Meu Deus, quantos colegas de profissão precisei ajudar. Perdi muitos amigos, parentes, perdi muita gente”, lembra.


Jalecos viralizaram na internet em 2020 — Foto: Reprodução/Twiiter

A mãe dela continua sendo costureira até hoje. Para Marinês, os jalecos divertidos e que chamaram tanta atenção na época foram responsáveis por aliviar a tensão de dias tão difíceis. (Reveja a matéria publicada em 28 de abril de 2020 abaixo)


“Todos os jalecos que minha mãe fez estão guardadinhos, guardo até hoje porque quando olho é minha história ali. Foi um período muito ruim, mas sempre digo que, se Deus não tivesse me ajudado daquela forma que foi, até mesmo os jalecos tiravam aquela tensão de dias tão ruins, talvez não tivesse suportado tanta coisa”, relembra.


O medo e a incerteza eram ainda maiores porque ela trabalhava diretamente no laboratório de onde saía os diagnósticos. “Imagina trabalhar logo em um laboratório que entra pessoas com todo tipo de vírus e tendo um que era mortal”, completa.


Técnica de laboratório ganha proteção reforçada contra o novo coronavírus


Saiu da saúde


Marinês conta que trabalhou na Saúde até março de 2021, quando acabou sendo demitida do pró-saúde após aceitar um novo contrato com a educação municipal. Ela ainda lamenta o ocorrido, pois diz que sonha em voltar a trabalhar diretamente na área.


Hoje o trabalho dela é fazer visitas técnicas nas escolas, orientando alunos sobre questões da saúde, principalmente de pontos relacionados à pandemia, como o cumprimento das regras da Vigilância Sanitária.


Ela conta que só foi infectada pelo vírus já no final de 2021 quando não trabalhava mais no laboratório e também quando já estava com seu esquema vacinal completo. Ela não teve sintomas graves e precisou cumprir apenas o isolamento de 7 dias.


“Em março de 2021 me demitiram porque, como consegui outro vínculo, porque meu salário era muito pouco, eu ganhava menos do que um salário mínimo, consegui outro vínculo na prefeitura, na educação. O pró-saúde não aceitou, mas só comigo que teve isso. Até entrei com um advogado para tentar reverter .”


Ela diz ainda que a saída da Saúde a deixou um pouco desanimada, mas também gosta do trabalho que desenvolve hoje na Educação. “Como ainda é um pouco na área da saúde, fiquei mais tranquilo, porque é o que eu gosto de fazer. Para mim, Saúde é cuidar do outro e por isso estou tentando reverter essa injustiça”, finaliza.


Atualmente, ela trabalha nas escolas municipais dando orientações sobre saúde — Foto: Arquivo pessoal

Fonte: G1ACRE


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