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Maria Angélica de Castro, uma fílósofa mineira que criou o sistema educacional do Acre

Maria Angélica de Castro ao lado de uma colega, em Rio Branco, Acre, no início da década de 1950
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O prediozinho acanhado na Rua 24 de Janeiro, no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco, Capital do Acre, que leva seu nome como homenagem, talvez seja algo muito pequeno em relação à grandeza da contribuição da professora Maria Angélica de Castro ao sistema de Educação do Acre.


A escola por onde passaram alunos como o deputado federal cassado Hildebrando Pascoal, atualmente em prisão domiciliar, e Edmundo Pinto, governador do Acre assassinado em pleno mandato, em 1992, está atualmente fechada para reforma em suas instalações.


Formada em Filosofia na década de 40 pela Universidade de Minas, atual UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a professora Maria Angélica de Castro, chegou ao Acre em 1946 ao aceitar convite do governador do então Território Federal do Acre, José Guiomard dos Santos, coronel reformado no exército brasileiro, e mineiro como ela.


Substituta da professora formada em Psicologia Helena Antipoff para a pasta do Departamento de Educação e Cultura, o que equivalia hoje a Secretaria de Estado de Educação e Cultura do Acre.


Maria Angélica de Castro entrou para a história do país como a primeira mulher a assumir um cargo desse nível, sem saber que, no futuro, a advogada Iolanda Lima (Fleming) também entraria para historia como a primeira mulher a governar um Estado da Federação, justamente o Acre, no período de 1986 a 1987.


Durante cinco anos, Maria Angélica vai fazer uma autentica revolução na incipiente Educação do Acre.


Ela promoverá a reforma do ensino primário e normal, constituiu e fez instalações de 70 escolas no interior do Acre, sendo sete na capital. Ensinava Psicologia educacional e didático, preparando professores que iriam lhe substituir quando retornasse à terra natal, o que ocorrera em 1951, no final do mandato de Guiomard dos Santos.


Em Rio Branco foi construído a escola primária e normal Maria Angélica de Castro em sua justa homenagem, mas, na avaliação de muitos educadores, não está à altura do que a professora mineira fez pelo Acre.


O nome da escola, embora situada na área central de Rio Branco, faz jus à máxima do poeta gaúcho Mario Quintana, segundo o qual esse negócio de dar nomes de pessoas a logradouros públicos em suas homenagens muitas vezes, “nada mais é do que uma forma pública de anonimato”.


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