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Mãe que perdeu bebê em Petrópolis diz que demorou 9 anos para engravidar: ‘Pesadelo… só aproveitei minha filha 1 ano’

Helena, de 1 ano e 11 meses, é uma das vítimas do Morro da Oficina. Mãe da bebê, Giselli Carvalho, disse que soube do desabamento da casa quando estava voltando do trabalho.


A mãe da bebezinha Helena de 1 ano e 11 meses que morreu após o temporal em Petrópolis, na Região Serrana, contou emocionada que demorou 9 anos para engravidar.


“Às vezes acho que é um pesadelo, que vou acordar e ela vai estar aqui. Demorei nove anos para engravidar, quis fazer as coisas certinhas para ter condições, e só aproveitei a minha filha um ano”, disse Giselli Carvalho, sendo amparada por amigos e familiares.


Giselli disse que só queria chegar em casa e ver que estava tudo bem no meio da chuva que tomou a cidade.


Ela foi a pé do Cascatinha, onde trabalha, até o Morro da Oficina, onde morava com a família.


No meio do caminho, conseguiu falar com um vizinho que contou sobre o desabamento.


Corpos estavam juntos


A casa em que morava com o marido e a filha tinha vindo abaixo. No local, além de Helena, estava a mãe de Giselli, Tânia Leite Carvalho, de 55 anos, que tomava conta da neta, e a sobrinha Maria Eduarda Carminate Carvalho, de 17 anos.


Depois de uma noite se agonia, os corpos das três foram achados juntos em um sofá da casa.



‘Às vezes acho que é um pesadelo’, diz mãe que perdeu a filha — Foto: Redes sociais


Helena iria ganhar a festa da Baby Moana e comemorava na terça-feira (15) seu segundo dia na escolinha.


“Já estava tudo pronto pra festinha dela. Agora não sei mais o que fazer”, disse enquanto revia o vídeo da filha indo pra escola, dando tchau e sem chorar, como é comum nas primeiras vezes.


Giselli contou ainda que a tristeza pela perda da mãe e da filha deve ser multiplicada pela perda dos vizinhos.


“Desceram muitas casas. Tem muita gente desaparecida ainda”, lamentou.



Helena e a avó Tânia, que também morreu em Petrópolis — Foto: Redes sociais


Mãe usou enxada para procurar filha


Uma das cenas marcantes da tragédia em Petrópolis foi a de Gizelia de Oliveira Carminate, de 36 anos, usando uma enxada para cavar a lama e tentar encontrar parentes soterrados (veja no vídeo abaixo).


No início da tarde, a agonia se transformou em dor: a moradora de Juiz de Fora (MG) recebeu a confirmação de que a filha, Maria Eduarda Carminate de Carvalho, de 17 anos, tinha tido o corpo reconhecido.


“Minha filha era a coisa mais linda que tem no mundo. Te juro por deus. Uma princesa, 17 anos”, disse Gizelia, muito emocionada.



Maria Eduarda, a Duda, de 17 anos, é uma das vítimas da tragédia em Petrópolis — Foto: Reprodução


A mãe saiu ainda de madrugada, de Juiz de Fora, a cerca de 120 quilômetros de Petrópolis, para buscar pela filha. Usou as mãos e outros objetos para tentar escavar. Chegou a perder a unha de tanto tentar cavar.


Gizelia contou que Duda foi encontrada no sofá abraçada à madrinha, Tânia, e à neta dela, a bebezinha Helena, de 1 ano e 11 meses.


“Te amarei eternamente. Você levou metade de mim😭 Luto eterno, minha princesa”, postou Gizelia.



Bombeiros lutam com a lama para retirar corpo do Morro da Oficina, em Petrópolis — Foto: Reprodução/ TV Globo



Mulheres usam pás e enxadas para revirar escombros em Petrópolis — Foto: Reprodução/ TV Globo


Fonte: G1 Rio


 


 


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