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Médico acreano morto na Bahia pagava por arma que foi usada pelo suspeito de cometer o crime

O médico acreano Andrade Lopes Santana, morto em Feira de Santana, negociou a compra de uma arma com o suspeito de ter cometer o crime, Geraldo Freitas Junior. Conforme informações divulgadas pelo delegado Roberto Leal, que é coordenador de polícia da região, ao G1, nesta quinta-feira (9), o armamento foi usado para cometer o crime.


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Andrade Lopes foi achado morto no dia 28 de maio, no rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, a cerca de 120 quilômetros de Salvador. Ele havia desaparecido no dia 24 de maio, quando saiu de Araci, onde morava e trabalhava, com destino a Feira de Santana, que fica a 23 quilômetros de São Gonçalo dos Campos.


Segundo os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), foi constatado um disparo de arma de fogo na nuca e uma corda no braço amarrada a uma âncora para o corpo não emergir nas águas do rio Jacuípe.


De acordo com Roberto Leal, Andrade Lopes Santana tinha acertado a compra da arma com o amigo por R$ 12 mil, de forma parcelada. Ele, inclusive, já tinha feito o pagamento de R$ 9 mil e ainda ia pagar uma última parcela no valor de R$ 4 mil.


Segundo o delegado, o médico acreano já tinha tomado aulas para se tornar um atirador e aguardava a autorização de posse de arma para pegar o revólver na mão de Geraldo Freitas Junior.


Diretor de hospital prestou depoimento


Um médico, que mora em Salvador e atua como diretor de um hospital na capital baiana, prestou esclarecimentos sobre o caso damorte do amigo dele, o também médico acreano Andrade Santana Lopes, no Complexo de Delegacias em Feira de Santana, na quarta-feira (9).


Conforme relatado por Roberto Leal, o médico foi citado por Geraldo Freitas, no depoimento em que ele confessou o crime, como a pessoa que trocou mensagens com Andrade Santana.


O médico que prestou depoimento, segundo Roberto Leal, apesar de ter confirmado que não é mais amigo de Geraldo Freitas, disse que não falava com o suspeito há mais de um ano e negou ter planejado com a vítima, a morte do desafeto.


Roberto Leal explicou que o motivo da briga entre os dois médicos, de acordo com o depoimento do diretor da unidade de saúde, que fica em Salvador, foi que o suspeito comprou uma caminhonete no nome dele, porque não tinha nome limpo no Serasa, e não efetuou o pagamento da forma acordada.


O delegado ainda informou que o médico que prestou depoimento era amigo de Andrade Santana, mas que ele informou que as mensagens, enviadas para a vítima, não fazia menção alguma ao suspeito. O celular de Andrade foi encaminhado para perícia.


Tiro foi acidental e não houve ‘premonição’


Na quarta-feira, ao G1, a defesa do homem que foi preso por matar o médico acreano Andrade Lopes Santana, de 32 anos, disse que o crime não foi provocado por nenhum tipo de premonição. O advogado Guga Leal afirmou que o cliente, que também é médico, não tinha a intenção de matar, mas a polícia acredita que houve premeditação.


Em depoimento à polícia, Geraldo Freitas Junior, teria contado que uma guia espiritual avisou que ele seria assassinado por dois colegas de profissão. O advogado Guga Leal revelou que a suposta guia em questão é a mãe do suspeito.


Guga Leal confirma que a mulher teve um sonho meses antes do ocorrido e comentou com o filho, como um alerta, mas garantiu que isso não tem a ver com a morte de Andrade.


O delegado Roberto Leal informou que ao menos seis pessoas foram ouvidas a respeito desse caso. A polícia apura se há outros envolvidos e ainda tem outras oitivas pendentes. Além disso, são esperados os resultados de laudos periciais para a conclusão do inquérito.


Para o delegado, Geraldo levou Andrade para o meio do rio de propósito, para cometer o crime. Entre os fatores apontados para comprovar a linha investigativa estão o fato de o suspeito estar armado e ter levado uma âncora para o local do passeio, no rio Jacuípe.


Suspeito estudou com vítima


Geraldo estudou medicina com Andrade, em uma faculdade na Bolívia. Concluído o curso, os dois se mudaram para o interior da Bahia, para trabalhar.


Antes de ser apontado como suspeito do crime, Geraldo Freitas recebeu os familiares de Andrade, que saíram do Acre para acompanhar as buscas pelo corpo. O homem também foi o responsável por registrar o desaparecimento do amigo na delegacia de Feira de Santana.


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