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Depasa promete demolir reservatório que ameaça cair sobre escola e casas em Rio Branco em até 15 dias

O demolição do reservatório de água desativado no Conjunto Tucumã I, em Rio Branco, deve começar em até 15. Esse é o planejamento do Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa), que dispensou o processo de licitação e teve que contratar de forma emergencial a Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb) para iniciar a demolição da estrutura.


A estrutura ameaça cair em cima da Escola Municipal Padre Peregrino Carneiro de Lima e de algumas casas da localidades. A demolição do reservatório tem sido cobrada pela comunidade escolar.


Segundo o órgão, o processo de licitação para contratação da empresa estava em andamento, mas iria demorar muito e os responsáveis tiveram que agir rápido para evitar acidentes. No último dia 4, servidores do colégio divulgaram uma carta para denunciar que o reservatório ainda não tinha sido demolido.


A denúncia foi feita porque, em fevereiro, o Ministério Público do Acre (MP-AC) emitiu uma recomendação ao Depasa para iniciar a demolição do reservatório. O prazo acabou em abril e a estrutura não foi demolida. Um laudo elaborado pelo órgão mostrou os graves problemas identificados na estrutura da construção.


Entre os problemas, o perito apontou que a caixa d’água tem uma inclinação de 12,5 centímetros do topo em relação à base em direção à escola.


Dispensa de licitação

Ao G1, o diretor de operações do Depasa, Alan Ferraz, explicou que nos próximos dias deve ser assinada a ordem de serviço no valor de mais de R$ 300 mil. As equipe aguardam apenas a conclusão dos procedimentos jurídicos necessários.


“Fizemos a proposta e tivemos que fazer a dispensa de licitação pela emergência. A Emurb por ser uma empresa pública privada vai iniciar o serviço. Teve o parecer do Ministério Público, fizemos uma proposta apresentando uma planilha orçamentária para a Emurb, que fez a contraproposta dela e já está em trâmites para assinar o contrato e a ordem de serviço”, destacou.


O diretor frisou que a demolição será feita com parte do reservatório, que abastece a região, em funcionamento. Segundo ele, abaixo da parte que será demolida fica um conjunto de motobomba, que precisa continuar em uso para distribuir água para as casas.


“Tem o elevado, que vai ser demolido, que está condenado, e abaixo desse elevado tem um reservatório apoiado. Esse apoiado é que utilizamos para abastecer todo o bairro. Não é tão simples, vão ter que fazer toda uma proteção do kit bombeamento e acionamento para não prejudicar o abastecimento”, concluiu.


Preocupação

A diretora da escola, Antônia Roneide Costa de Oliveira Moreira, disse que, além da preocupação com o possível desabamento do reservatório, que pode vitimar pessoas, outra preocupação é com o retorno das aulas presenciais.


“Estou ocupando a escola Maria Olívia, se eu desocupar essa sala para onde vou para as crianças estudarem? É um problema que está causando várias preocupações, a escola está se deteriorando por estar fechada, exposta ao vandalismo. Essa falta de cuidado e resposta está gerando essa movimentação”, afirmou.


A gestora revelou que a comunidade está organizando uma manifestação para cobrar logo uma resposta. “Vamos reunir a comunidade em frente à caixa d’água”, resumiu a diretora.


A servidora pública Maria Lurdes da Costa Santana mora na Rua W21 do conjunto, que fica próximo ao reservatório, e tem um neto que estuda na Escola Padre Peregrino. Ela diz que teme que a caixa d’água desabe a qualquer momento e destrua as casas.


“Nossa rua toda seria sacrificada, não quero nem pensar nisso. A gente teme que aconteça um acidente, a caixa está tombada e o pior é que os bombeiros vieram, há quase dez anos, e condenaram [a estrutura]. Já tiveram várias reuniões para falar sobre isso, queremos uma solução do Depasa”, concluiu Maria Lurdes.


Problemas

Segundo o relatório do MP-AC, os defeitos encontrados no reservatório causaram ‘fissuras, infiltrações e carbonatação com consequentes efeitos de corrosão na armadura, desagregação do concreto e perda da capacidade de resistência’.


Além disso, três dos quatro pilares do reservatório, a laje e a fixação de braçadeira de aço já estão comprometidos por causa da corrosão. Há também problemas na instalação da rede elétrica e na escada de acesso de segurança.


“Recomenda ao Departamento Estadual de Água e Saneamento, por intermédio de sua Diretora Presidente, a demolição voluntária do Reservatório de Água do Tucumã, uma vez que a referida estrutura apresenta patologias capazes de ocasionar queda, expondo a risco a comunidade do entorno, desatendendo as normas técnicas e o Código de obras do Município de Rio Branco em especial os artigos 2º e 192, apresentando plano de ação no prazo de dez dias”, estipulou na época.


O órgão pediu ainda para que a Secretaria de Infraestrutura Urbana (Seinfra) e a Secretaria de Educação (Semec) fossem notificadas.


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