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Adolescente que matou irmão a facadas ainda será ouvido por juiz


O corpo de Victor Alessandro de Souza Leôncio, de 12 anos, foi enterrado na tarde desta segunda-feira (24) no Cemitério Municipal de Itatiba, no interior de São Paulo. Ele foi morto a facadas pelo irmão de 14 anos, que foi apreendido e levado para a Fundação Casa de Sorocaba. O motivo do briga teria sido uma bicicleta, mas o adolescente ainda será ouvido pelo juiz da Infância e Juventude. As informações são da Record TV.


Amigos e parentes dos garotos tentam entender o que levou o irmão mais velho a matar o menor durante uma discussão no domingo (23) na rua Ângelo Minosi, no bairro Parque São Francisco. “Muito brincalhão, tava sempre sorridente. É um choque para todo mundo”, disse um parente.


Victor morreu após ser esfaqueado pelas costas. De acordo com a Guarda Municipal, os irmãos teriam brigado porque o garoto de 14 anos não queria emprestar a bicicleta ao menor.


Durante a briga, a criança foi golpeada no tórax e no pulmão. A vítima foi socorrida por familiares e encaminhada à Santa Casa de Itatiba, mas não resistiu aos ferimentos.


A guarda foi acionada pelo hospital e, imediatamente, iniciou buscas pelo autor das agressões. O garoto foi localizado em estado de choque.


O adolescente foi apreendido e encaminhado à delegacia de Itatiba, onde o caso foi registrado. Ele negou ter a intenção de matar o irmão.


Depois de prestar depoimento, o garoto foi transferido para a Fundação Casa. Ele poderá ficar na instituição por até três anos, que é a pena máxima. A cada seis meses, ele será submetido a uma avaliação para saber se tem condições de ser ressocializado.


Briga entre os irmãos teria sido motivada pelo uso de bicicleta, diz guarda
Reprodução / Record TV

Análise de especialistas


Segundo especialistas, adolescentes com até 17 anos podem cometer crimes por impulso e não têm a noção exata do perigo dos atos.


“Todas as crianças antes dos 17, 18 anos, não entendem por completo o que fazem e se, porventura, entendem que tão praticando um crime ou desejando a morte de um indivíduo, elas não têm o suficiente freio ético e moral para refrear todo aquele impulso”, explicou o psiquiatra forense, Guido Palomba.


Já o especialista em direitos da infância e juventude, Ariel de Castro Alves, afirma que o adolescente de 14 anos ainda será interrogado: “Ele deve ser ouvido nos próximos dias por um juiz da Infância e Juventude para que ele diga tudo o que aconteceu. Diante dos fatos, dentro de 45 dias, o juiz dá a sentença e determina a medida socioeducativa que ele vai cumprir”.


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