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Jovem diz ter sido agredida com socos, chutes e puxões de cabelo por ex-namorado de amiga no AC

A jovem Nathasha Areal de Souza Rocha, de 21 anos, denunciou ter sido agredida com socos, chutes e puxões de cabelo, no último domingo (7), pelo ex-namorado de uma amiga em uma distribuidora no bairro Bosque, em Rio Branco.



Ao G1, a jovem contou que estava no local com um grupo de amigos, quando o homem, identificado como Oscar Frank, chegou e em determinado momento começou a ficar alterado.


Após um tempo, o grupo resolveu ir embora e depois de pagar a conta ela voltou ao portão para saber com o dono se estava tudo certo com o pagamento da conta e foi quando Frank iniciou as agressões.


“Nessa hora ele jogou uma garrafa térmica em mim com água e foi daí que começou a confusão. Ele me deu um chute na barriga, um outro acima dos meus peitos que ia pegando no meu rosto, puxou meus cabelos e me deu murros, até conseguirem separar. Ele justifica que foi por conta de uma coisa que aconteceu em outubro do ano passado, quando ele quis agredir minha amiga, que é a ex dele, dentro da minha casa e eu não deixei. Aí ele estava guardando e se vingou”, relatou a jovem.


A reportagem tentou contato com o jovem por meio de ligação e mensagem, mas até última atualização desta reportagem não obteve resposta.


Apesar das agressões, a jovem disse que não chegou a ficar com marcas pelo corpo, mas ainda está bastante dolorida. Como o caso ocorreu no domingo, a denúncia foi registrada na Defla e, nesta segunda (8), a jovem registrou a ocorrência na Delegacia da 1ª Regional, que investiga.


“Fiquei muito triste, ontem passei a noite chorando porque, por eu não ter hematomas, tem muita gente que defende ele, fica julgando, como se justificasse alguma coisa ele ter feito isso. Esses comentários fazem com quem muita gente não queira denunciar esse tipo de agressão”, disse.


Desabafo da mãe


Revoltada com a situação, a mãe da jovem, a corretora Patrícia Miranda, 34 anos, fez uma postagem em sua rede sociais pedindo por Justiça. Ela também fez críticas ao fato do crime não ser investigado pela Delegacia da Mulher e quanto à Lei Maria da Penha só valer para casos de violência doméstica.


“Não sei se todos sabem que Delegacia da Mulher trabalha com crimes sexuais e violência doméstica somente quando existe vínculo afetivo entre a vítima e o agressor, ou seja, se um homem qualquer resolver espancar uma mulher na rua, sem motivo algum, aquela delegacia não vai atender essa mulher. Então, as mulheres que apanham por ser mulheres e mais frágeis fisicamente, obviamente, não têm amparo algum do poder público”, publicou a mãe.


A corretora procurou Centro de Atendimento à Vítima (CAV) do Ministério Público do Acre (MP-AC) para buscar apoio. Ao G1, ela disse que se sente revoltada com o fato de não acontecer “nada” com o agressor da filha.


“É mais uma questão de Justiça que eu quis fazer. Perante a todos os trâmites legais, ela prestou ocorrência e tudo mais, não vai acontecer nada, ele não vai ser preso. Ou ele vai prestar serviço para o estado ou pagar com algumas cestas básicas. Eu, como ativista social que milita muito tempo nesse meio, me sinto super revoltada porque não vai acontecer nada, ela não é a primeira pessoa que ele agride, ele é agressor de mulher. E eu quis expor como estava me sentindo diante da situação”, afirmou.


O delegado responsável pelo caso, Josemar Portes, disse que já ouviu a vítima e que se trata de um caso de menor potencial ofensivo e que vai ser feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e encaminhado ao Juizado Criminal.


“A vítima não tem lesões, segundo relatou. Nós chegamos a encaminhar ela para fazer o exame de corpo delito, mas ela não apresenta lesões, apesar de ter afirmado ter sido agredida. O caso está sendo tratado e acredito que o fato pode ser enquadrado, a princípio, na contravenção penal de vias de fato. Estamos na fase de investigação, ouvimos a vítima e vamos localizar o indivíduo apontado como agressor para ser ouvido”, disse o delegado.


Acompanhamento pelo CAV


A coordenadora de http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), Otília Amorim, explicou que assim que o centro tomou conhecimento do caso tem acompanhado a situação e a jovem está sendo atendida pela rede de proteção.


Além do acompanhamento do trâmite processual, a equipe do CAV, que é composta também por psicólogos e assistentes sociais, faz o acolhimento e atendimento das vítimas.


“Na verdade, ela [mãe] nos procurou por busca espontânea, através dos nossos contatos e informou o que tinha acontecido. Daí, nós fizemos o encaminhamento dela para delegacia, entramos em contato com o escrivão já para deixar encaminhado. E aí ela está sendo atendida pela rede de proteção e vai iniciar o atendimento psicológico por conta do trauma que foi causado. Quanto à questão processual, a gente vai continuar acompanhando”, afirmou Otília.


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