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Empresários do AC estocam produtos para 45 dias para evitar desabastecimento devido à cheia do Madeira, diz Acisa

Presidente da Acisa diz que objetivo é prevenir racionamento de produtos como ocorreu em cheia histórica de 2014. Rio Madeira chegou a 19,88 metros em Fortaleza do Abunã (RO) nesta segunda (15).

Para evitar o desabastecimento e também racionamento de alimentos e outros produtos das prateleiras, os empresários acreanos já trabalham com um estoque de mercadoria para 45 dias. A medida preventiva é devido à cheia do Rio Madeira que em 2014 deixou o Acre isolado por terra.


A informação é do presidente da Associação Comercial, Industrial de Serviços e Agrícola do Acre (Acisa-AC), Celestino Bento. Segundo o Corpo de Bombeiros do Acre, nesta segunda (15), o nível do manacial em Fortaleza do Abunã chegou a 19,88 metros.


Ao G1, o presidente explicou que a associação se reuniu com os atacadistas do estado para definir estratégias preventivas. Ele destacou que a cheia do Rio Madeira em 2014 pegou a população desprevenida e que o estado ficou quase 90 dias sem receber mercadoria.


“Com o risco de uma nova cheia, devido ao período de chuvas na região Norte, decidimos tratar do assunto. O solo já está bastante úmido, então, o risco aumenta. O risco é grande e quando nos reunimos os atacadistas informaram que já estão trabalhando com estoque para 45 dias, isso já dá uma segurança e ficamos mais tranquilos”, destaca.


Com a prevenção, Bento fala que não deve ocorrer o mesmo que em 2014, quando vários produtos sumiram das prateleiras e a população chegou a fazar filas até para abastecer os veículos.


“Queremos evitar exatamente isso, que a população fique amedrontada. Nossos atacadistas estão preparados. Após essa primeira reunião, vamos aguardar a chegada do mês de fevereiro para ver como vai ficar a situação. Se precisar, cada um vai reforçar ainda mais os estoques para que não falte nada”, complementa.


Em 2014 Acre ficou isolado durante cheia histórica do Rio Madeira (Foto: Sérgio Vale/Secom Acre/Arquivo )

Em 2014 Acre ficou isolado durante cheia histórica do Rio Madeira (Foto: Sérgio Vale/Secom Acre/Arquivo )


Rio Madeira

Na última sexta (12), a diretora do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC), Veras Reis, afirmou que, mesmo com grande volume de chuvas e do aumento do volume de água no nível do Rio Madeira, em Rondônia, ainda não há as mesmas condições climáticas que causaram a enchente de 2014, que deixou o Acre isolado por terra.


No mesmo dia, o coordenador da Defesa Estadual, coronel Carlos Batista, disse que todo o trecho da BR-364 inundado em 2014, que corresponde a uma extensão de 25 quilômetros, passou por uma vistoria dos órgãos acreanos. De acordo com ele, em alguns trechos, a lâmina d’água do Rio Madeira já estava bem próxima da única rodovia que liga o Acre ao restante do Brasil, mas que ainda não havia riscos eminentes até aquele momento.


O governo do Acre acredita que as hidrelétricas em Rondônia devem reduzir o funcionamento para evitar que o estado acreano volte a ficar isolado com a elevação do Rio Madeira.


A governadora em exercício, Nazareth Araújo, informou que o estado solicitou ao governo federal e a Agência Nacional das Águas (ANA) a emissão de um comando para que a Usina de Jirau faça a vazante e regulação das águas do Rio Madeira.


Cheia histórica do Madeira e isolamento do Acre

Em 2014, o Rio Madeira registrou sua cheia história, ultrapassando os 19 metros. Por isso, o Acre ficou isolado via terrestre, uma vez que a BR-364 foi inundada. Em abril daquele ano, o governo acreano chegou a decretar calamidade pública.


Na época, os acreanos enfrentaram o racionamento de diversos alimentos nas prateleiras, além de gás de cozinha e combustíveis, o que gerou grandes filas de veículos nos postos. O Estado foi obrigado a importar alimentos, insumos e outros do Peru por meio da Estrada do Pacífico.


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