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Morando em Cerejeiras, ex-PM quer expulsar o PCC para comandar o tráfico na fronteira com o Paraguai


O traficante e ex-policial militar do Mato Grosso do Sul, Adair José Belo, que se encontra “refugiado” no município de Cerejeiras, estaria tentando vingar a morte de seu ex-patrão Jorge Rafaat Toumani, traficante paraguaio, executado supostamente pelo PCC em junho de 2016 com tiros de metralhadora antiaérea, na cidade de Pedro Juan Caballero. Cerejeiras faz fronteira com a Bolívia.


Essa informação veio à tona neste final de semana, após o policial militar se envolver em uma briga de família em uma chácara, em Cerejeiras. Durante a discussão, Adair José atirou no irmão. O filho da vítima intercedeu, evitando que o pai fosse morto.


A vítima encontra-se internada em hospital de Cacoal. Revoltado com atitude tio, o filho da vítima denunciou toda a trama do ex-policial militar. Adair José fugiu.


Com essa revelação, a guerra do narcotráfico na fronteira entre Brasil e Paraguai ganha novos contornos com os remanescentes do grupo de Jorge Rafaat, que ­­querem, a todo custo, assumir o comando do tráfico, em lugar do ex-patrão, e também vingar a sua morte.



Campo de batalha


O traficante paraguaio Jorge Rafaat tentava expulsar o Primeiro Comando da Capital (PCC) da região do Mato Grosso do Sul, e voltar a controlar o tráfico de armas e drogas.


Após a execução violenta de Jorge Rafaat, a fronteira entre o Paraguai e a cidade de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, se tornou um campo de batalha, onde vários grupos tentam se instalar e dominar o submundo do crime organizado.


É um negócio que supera a renda de diversas multinacionais, acima de 300 milhões de dólares por ano.


As ruas de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com a cidade de Ponta Porã, a 330 quilômetros de Campo Grande, se tornaram palco de batalhas onde os adversários se enfrentam com armas de grosso calibre.


Execução/policial militar


O brasileiro Adair Jose Belo é natural do Paraná e foi soldado da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul. Em 1994, ele desertou do cargo, após executar, a mando de traficantes, um sargento da PM/MS.


Preso um ano depois, se tornou testemunha da Justiça para mapear o tráfico de drogas na região do Cone Sul. Anos depois, foi solto e voltou a trabalhar no narcotráfico.


Carreira no crime


Adair Belo é foragido da Justiça brasileira e para transitar pelos países estaria usando o nome do irmão Altair Jorge Belo, cuja mulher, a brasileira Josiane Vanessa Zilio, 32 anos, foi executada a tiros de fuzil no dia 31 de agosto de 2016. A mulher estava grávida e teria morrido por se envolver com traficantes rivais.


De acordo com autoridades no combate ao crime, o ex-policial “Belo” foi pistoleiro de Rafaat e coordenador do envio de cocaína vinda da Bolívia para o interior de São Paulo.


Preso em 2012, em um sítio em Batayporã, fugiu do Centro de Triagem, em Campo Grande, pela porta da frente. Sua fuga gerou investigação e demissão de servidores da Agepen.


PCC inimigo a ser banido


Ele tenta reunir outras quadrilhas da região na guerra contra o PCC, principalmente após o início das rebeliões de presos em vários locais do País, que tornou a quadrilha paulista o “inimigo a ser batido” pelas organizações criminosas locais.


Além de traficantes paraguaios, Belo recrutou apoio de quadrilhas de Santa Catarina, Mato Grosso e Bolívia. O paranaense é tido como um homem de extrema periculosidade e frieza, que após a execução de Rafaat, desapareceu do mapa sem deixar rastro mas que contaria com o apoio de algumas autoridades para transitar sem problemas pela região.


“O único jeito de expulsar o PCC é contar com apoio de outros megatraficantes do Paraguai. O PCC é aliado de Jarvis Chimenes Pavão, que também é figura controversa no mundo do crime”, avalia uma autoridade que atua na fronteira.


“Todos sabiam que a figura de um chefão, como foi Fahd (Georges) e Rafaat mantém a paz na fronteira. Assim que Rafaat morreu, olhe como aumentou a violência em Pedro Juan”, comenta.


Fonte: Extra de Rondônia


Edução: Rondoniaovivo


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