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Após suspensão de visitas, familiares de detentos fazem manifestação em frente ao presídio de Rio Branco

Manifestação acontece após visita desde sábado (26) ser suspensa no FOC. Associação diz que suspensão da visita foi devido a falta de efetivo em decorrência do período de luto após morte de servidor.

Familiares de presos fazem uma manifestação, na manhã deste sábado (26), em frente ao Presídio Francisco d’Oliveira Conde (FOC). A entrada da unidade prisional está fechada. O protesto acontece após as visitas serem suspensas devido o período de luto por causa da morte do colega de farda Humberto Furtado de Araújo Lima Junior, de 29 anos, morto no Bujari com um tiro na cabeça, na noite de quinta-feira (24). O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi deslocado para o local.


Uma visitante, que preferiu não se identificar, disse que a via que dá acesso a local está interditada e que as visitantes estão tendo que ir até o presídio a pé. “Nem o ônibus está passando, tem um monte de mulher com criança, mas eu tive a informação de quem chegou cedo conseguiu entrar. É mentira dos agentes, não está tendo visita”, reclamou.


Uma visitante que levou o filho para visitar o pai disse que os agentes chegaram a pegar as carteiras e depois informaram que não teria visita. Revoltada, a jovem fala que várias mães levaram os filhos pequenos e não foram informadas anteriormente sobre o cancelamento.


“Disseram que foi decidido ontem [sexta, 25], mas pegaram nossas carteiras hoje. Quarta-feira [30] também não tem. Vim de longe com ele para ver o pai pela primeira vez. Se eles [agentes] queriam fazer isso porque não avisaram antes?”, reclama.



Ao G1, a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (Asspen-AC) confirmou a informação e disse que fez uma reunião com os agentes e foi decidido que as visitas vão ficar suspensas por falta de efetivo durante o período de luto. O Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) confirmou a manifestação dos familiares mas disse que a situação está contida.


“O cancelamento da visita foi devido à falta de efetivo hoje. Enterramos um colega e em homenagem a ele decretamos sete dias de luto. Nesses sete dias não haverá trabalho extra, o chamado banco de horas. A gente vive no limite, todo serviço prestado é a partir do banco de horas ou dos agentes provisórios. Segunda-feira [28] acaba o contrato dos provisórios, então, a situação tende a piorar. Não haverá a prestação desse serviço extra e alguns serviços não poderão ser prestados por falta de efetivo”, explicou o agente penitenciário Lucas Bolzoni.


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