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Acre deve instalar bloqueadores de celular em todos os presídios do estado, diz secretário

Administração Penitenciária não divulgou prazo, mas não descarta que serviço possa ser adotado este ano. Informação foi divulgada nesta segunda (7) por Carlos Flávio Portela.

A Segurança Pública deve instalar bloqueadores de sinal de celular em todas as unidades prisionais do Acre, afirmou o secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio Portela nesta segunda-feira (7). A informação foi divulgada durante entrevista ao Jornal Acre TV, da Rede Amazônica, em meio a onda de violência que ocorre no estado desde o sábado (5).


Em maio deste ano, o governo anunciou que bloqueadores foram instalados no Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde (FOC) e no Presídio Antônio Amaro, de segurança máxima, ambos em Rio Branco. Ao todo, o estado possui sete unidades prisionais – três em Rio Branco, uma em Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Senador Guiomard e Feijó.


Portela não divulgou em quanto tempo a medida deve ser adotada. AoG1, o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen-AC) informou que não há um prazo devido aos processos licitatórios. Porém, diante de uma situação de emergência, não é descartada a possibilidade do serviço ser feito ainda este ano.


A principal motivação para os atentados, segundo o secretário, é justamente a interrupção do sinal de celular nos dois presídios na capital. “Foi uma decisão firme e correta do governo. Vamos ampliar ainda mais para todos os presídios do estado”, afirmou o gestor.


Outra medida de segurança apontada como a causa para os ataques foi a implantação do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em que detentos ficam em maior isolamento aos demais, o que teria dificultado a ação de líderes de facções criminosas.


“Conversado com o Poder Judiciário, temos feito um endurecimento desse regime diferenciado de cumprimento de pena. Nós também vamos intensificar e isolar cada vez mais as pessoas que estão trazendo qualquer tipo de transtorno e as lideranças potenciais de facções”, complementou.


Ataques

Portela informou na mesma entrevista que subiu para 31 o número de presos suspeitos de participação nos ataques criminosos. Ele acrescentou que armas de fogo, veículos e outros materiais que poderiam ser utilizados na execução de novos crimes foram apreendidos durante o final de semana.


O secretário reiterou que o trabalho nesta semana continua nos mesmos moldes, com todo o efetivo envolvido – incluindo policias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e ainda Exército. No domingo (6), mais de 400 homens foram convocados para o policiamento na capital, além dos 150 que normalmente atuam na cidade.


A onda de violência começou na noite do sábado e manhã de domingo. Até aquele momento, quatro ônibus foram incendiados e o transporte coletivo foi paralisado temporariamente. Foi necessária escolta policialpara que os veículos voltassem a circular. O interior do estado também teve ocorrências.


Na sexta (4), a Segurança Pública chegou a remanejar 22 presos para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) no Presídio Antônio Amaro, de segurança máxima – o que também foi apontado com fato motivador aos atentados.


Em Tarauacá, ainda na noite do domingo, a biblioteca da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ricardo Damasceno e um ônibus escolar foram incendiados. Na instituição, as chamas foram contidas rapidamente, segundo a prefeitura, não havendo necessidade da interrupção das aulas.


Na madrugada desta segunda (7), criminosos atearam fogo em um carro e motocicleta de um sargento da PM na cidade de Feijó. Os dois veículos estavam na garagem da casa do policial. No local, foram deixados coquetéis molotov e uma garrafa PET de dois litros com gasolina.


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