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Fugitivos de Mossoró podem estar em área repleta de animais venenosos e cavernas

A penitenciária federal de Mossoró (RN), que se tornou palco da primeira fuga em um presídio de segurança máxima no Brasil, ocorrida na última quarta-feira (14), está em uma área de caatinga, com cobras e aranhas peçonhentas e abriga aproximadamente 400 cavernas, algumas delas integradas ao Parque Nacional Furna Feia.


CNN conversou com o gestor do parque, que é gerido pelo Instituto Chico Mendes, Leonardo Brasil, que explicou as características da área, onde os fugitivos Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, estão, segundo prognóstico do ministro Ricardo Lewandowski.


“A vegetação da caatinga, diferente da região amazônica, é uma região difícil de se ultrapassar. Ela tem um emaranhado denso de galhos, espinhos e herbáceas.
Às vezes você está andando e se corta nos espinhos, prende o pé, tropeça. Não é simples”, pondera.


Sobre os animais que vivem na região, Brasil falou que há diversas espécies de cobras e aranhas peçonhentas, além de animais venenosos endêmicos, que vivem somente naquela região e outras espécies nativas.


Espécie endêmica do Parna da Furna Feia, aranha altamente venenosa

Espécie endêmica do Parna da Furna Feia, aranha altamente venenosa / Divulgação / Isis Evelen

“Lá vivem cobras peçonhentas, como a jararaca e a cascavel, além de outros animais que podem oferecer perigo, como aranhas e escorpiões típicos do bioma caatinga. Além disso, a área abriga felinos silvestres, como a jaguatirica e mais de 200 espécies de aves”, explica.


Área próxima a presídio é cercada por mata equivalente a 25 campos de futebol

Visão panorâmica do Parna da Furna Feia

Visão panorâmica do Parna da Furna Feia / Isis Evelen

Criado por um Decreto Presidencial, em 2012, o Parque Nacional da Furna Feia abrange uma área de aproximadamente 8500 hectares, segundo dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e abriga lagoas, cavernas e rios subterrâneos.


Há também, na região próxima ao presídio, áreas particulares de plantio, vegetação nativa e áreas de passagem que somadas à área do parque atingem aproximadamente 25000 hectares – equivalente a 25 campos de futebol.


Dentro do parque, estão catalogadas 251 cavernas, mas há diversas cavidades em toda a área que circunda o parque, em aréas de plantações e fazendas particulares, uma vez que a região abriga fragmentos de mata e é uma das maiores áreas de fruticultura,com o cultivo de banana, mamão, melão e outras frutas.


Rogério Mendonça (à dir.) e Deibson Nascimento (à esq.) fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) / Divulgação/Secretaria Nacional de Políticas Penais

O último apontamento feito pelo Instituto Chico Mendes indicou que a área também abriga pelo menos 20 comunidades, compostas por pequenos vilarejos, fazendas e projetos de assentamento, além do campus rural, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido.


Área de buscas e ampliação de equipes

Em coletiva de imprensa na tarde de domingo (18), o ministro da justiça e segurança pública Ricardo Lewandowski disse que acredita que os fugitivos estão há poucos quilômetros da penitenciária.


“Acreditamos que eles ainda se encontram nesse raio, nesse período que inicialmente definimos, ou seja, há poucos quilômetros do local da fuga, da penitenciária. É claro que eles podem estar se escondendo em alguma casa… eu soube agora que é uma região que tem grutas, onde as pessoas podem, eventualmente, se esconder”, explicou.


Nesta segunda-feira (19 ), o ministro autorizou, a pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, o emprego da Força Nacional na cidade potiguar. Serão enviados 100 homens e 20 viaturas para a região.


A tropa se somará aos cerca de 500 agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e das forças locais que atuam na operação de recaptura dos detentos.


 


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