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Às vésperas de reunião,mudança na meta de inflação ganha força do governo ao mercado

Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne no dia 29 deste mês, em meio a expectativas de mudança no prazo da meta da inflação. A CNN consultou o Ministério da Fazenda, ex-diretores do Banco Central (BC) e consultores do mercado financeiro, que avaliaram positivamente a possibilidade.


Há meses, membros do governo federal vêm defendendo a alteração do modelo. Atualmente a autoridade monetária persegue a meta de inflação com base em uma referência anual. A ideia é de que o prazo para cumprimento da cifra seja contínuo ou mesmo mire um horizonte mais distante.


O CMN é formado por três membros: os ministros da Fazenda e do Planejamento, Fernando Haddad e Simone Tebet, respectivamente, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.


Em resposta à solicitação da CNN, a Fazenda argumenta em prol da alteração. Segundo a pasta, em caso de “choques exógenos”, uma meta contínua permitiria ao BC “utilizar instrumentos disponíveis dentro do horizonte relevante para direcionar as expectativas de forma suavizada”.


“Em recente avaliação da política econômica brasileira, o corpo técnico do FMI [Fundo Monetário Internacional] indica a superioridade de um arranjo com metas não vinculadas ao ano calendário e que tenham sua consecução no horizonte relevante da política monetária”, indica a nota.


CNN também procurou o Banco Central, que disse que não comentará o assunto.


Ex-diretores do BC e consultores veem positivamente mudança

O ex-diretor do BC, Tony Volpon destaca que o mais comum, mundo afora, é que os países adotem metas de médio prazo ou “forward looking”. Segundo o especialista, o modelo ano-calendário faz pouco sentido, considerando o horizonte de ação dos instrumentos de política monetária.


“Faz mais sentido ter um prazo que converse com os instrumentos que o BC tem para entregar a inflação dentro da meta. Eles não fazem sentido para um prazo tão curto e definido. Fazia sentido lá atrás, quando se estava definindo um regime [em 1999]”, aponta.


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