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Cultura do ódio é tema do espetáculo no XV Festival Universitário de Artes Cênicas

Goiânia recebe neste sábado, 19, o espetáculo “O Rinoceronte”, com exibição às 18h e às 20h, no Centro Cultural da UFG, no Setor Universitário, durante a programação do XV Festival Universitário de Artes Cênicas de Goiás (FUGA-15). A peça, de autoria de Hugo Rodas, um dos maiores nomes do teatro do país, falecido em abril deste ano, é apresentada pela Agrupação Teatral Amacaca (ATA). A entrada é gratuita.


O autor do espetáculo é considerado um dos maiores nomes do teatro do país, falecido em abril deste ano. A peça é uma adaptação da famosa obra do Teatro do Absurdo, de Eugene Ionesco, de 1956, escrita pós-segunda Guerra Mundial, e traça um paralelo com os dias atuais por meio de uma reflexão sobre como ideais fascistas adoecem e cegam um povo.


A trama “O Rinoceronte” é uma metáfora do “efeito manada”, onde indivíduos de uma determinada sociedade vivem um contexto de epidemia que a leva ao colapso. Os habitantes desta cidade criada por Ionesco são assolados pela ‘Rinocerite’ que os transformam subitamente em rinocerontes, animais quase cegos, grandes e grotescos, caracterizados por sua força violenta. Escrita pós-segunda Guerra Mundial, a peça é uma reflexão de como ideais fascistas adoecem um povo e os cegam.


Rosana Viegas, atriz que compõe o elenco da peça diz que a peça é muito atual e encontra a realidade vivida na sociedade. “O Rinoceronte é uma crítica a todo pensamento totalitário que possa esmagar todos os outros, e que gere um sistema onde não haja mais lugar para qualquer oposição. Podemos perceber isso na sociedade hoje, pois de cera forma estamos vivendo uma espécie de ‘rinocerite’ com esse fascínio pela violência, pela cultura do ódio, atrelado às fakenew e gerando essa histeria coletiva. lonesco critica também o conformismo, que, criando condições de submissão a uma ordem absurda, transforma os homens em verdadeiros títeres”, reforça Viegas.


Hugo Rodas
A Agrupação Teatral Amacaca (ATA) segue os trabalhos e o legado do diretor e dramaturgo, Hugo Rodas, um dos mais importantes nomes do teatro da cidade e do país, falecido neste ano de 2022. Nascido no Uruguai e radicado desde os anos 70 no Brasil, Hugo Rodas firmou-se como um dos mais talentosos e importantes artistas de teatro de seu tempo, como ator, diretor, bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista e professor de teatro.


Sua trajetória sempre esteve e está ligada aos coletivos e parcerias com os quais trabalhou, desde o Grupo Pitú, nas décadas de 70, e de 80 – quando também ocorrem as primeiras experiências com Antônio Abujamra, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), e com José Celso Martinez Corrêa, no Teatro Oficina – passando pelo Teatro Universitário Candango (TUCAN), nos anos 90 e 2000, assim como pela Companhia dos Sonhos, e por último, na Agrupação Teatral Amacaca (ATA), sua mais recente trupe.


Sempre em busca de inovação, Hugo foi e é um alicerce incontestável na construção da cena teatral e cultural contemporânea de Brasília, sendo referência mundial para a pesquisa da linguagem teatral. Inquieto e inspirado pela sua juventude, permaneceu no ambiente universitário dedicando-se à formação, investigação e criação artística, de onde surge a ATA – Agrupação Teatral Amacaca.


Fonte: Tribuna do Planalto


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