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Major da PM é indiciada sob suspeita de matar marido com um tiro na cabeça

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou a major PM Fabiana Pereira Ribeiro, 41, sob suspeita de matar o marido e pediu sua prisão. O caso é de fevereiro.


Em depoimento, a oficial afirmou que cometeu o crime devido a agressões físicas e psicológicas que sofria. Ela foi indiciada sob suspeita de homicídio duplamente qualificado –por motivo fútil e sem defesa da vítima. Procurada para comentar o indiciamento, a defesa da oficial não respondeu até a publicação.


À polícia Fabiana afirmou ainda que, além das seguidas agressões físicas pelo marido, era ameaçada com armas sem registro, mantidas em casa pelo companheiro.


O crime ocorreu na manhã do dia 28 de fevereiro, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, na residência onde o casal morava com os filhos de 3 e 8 anos. As crianças estavam na residência no momento do disparo. A oficial acionou a polícia por volta das 6h e disse que seu marido, Luiz Alberto Muniz do Cabo, 48, havia cometido suicídio, com uma pistola.


Cabo era ex-policial e atuava como empresário. Ele foi morto por um tiro na têmpora direita, enquanto dormia na cama do casal, de acordo com a perícia.


O caso, inicialmente, foi registrado como fato atípico, devido à suspeita de suicídio. No entanto, a perícia apontou indícios de que a morte poderia ser suspeita: a vítima estava deitada de lado, na cama e coberta com um edredom.


Além disso, não havia manchas de sangue nas mãos da vítima.


Duas empregadas que trabalhavam na residência do casal afirmaram que as brigas entre os dois eram constantes. Uma delas relatou que já viu Fabiana sair machucada do quarto após uma discussão. Outra, que já viu marcas de agressão na major.


Uma das mulheres afirmou que presenciou Cabo bater no filho por causa da quebra de um tablet.


A ex-mulher de Cabo também prestou depoimento. Ela contou que também era agredida por ele e que, quando ainda mantinham relacionamento, Cabo levou Fabiana para morar com o casal e obrigou as duas a serem amigas. E que, mesmo após o término, ele a perseguia.


Um policial que trabalhou com Fabiana também prestou depoimento. Ele disse que já presenciou a oficial com vários hematomas, mas que ela não comentava sobre a sua vida pessoal.


A conclusão do inquérito foi enviada ao Ministério Público há 60 dias e desde então não houve denúncia.


A Promotoria informou, nesta quarta (26), que não recebeu o relatório por problemas técnicos no envio online. O órgão disse que “foi determinada a impressão do inquérito pela Polícia Civil e o envio por PDF e e-mail, estabelecendo prazo de 3 dias úteis”.


Árvore de Natal com balas de fuzil Ainda durante a investigação, o advogado de Fabiana, Marcelo Queiroz, entregou à polícia fotos da árvore montada no último Natal da família. No topo, uma caveira com uma boina do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) foi colocada. Balas de fuzil acompanhavam bolas natalinas pretas.


Ainda de acordo com a defesa, a versão da árvore fez as crianças chorarem durante a festa e seria uma forma de ameaçar a oficial.


A árvore pode ser comprada em uma loja de departamentos, sendo comum a venda aos admiradores da unidade especial da Polícia Militar. Cabo costumava dizer a outras pessoas que já havia atuado no Bope na época em que era soldado, mas a informação foi negada pela assessoria da corporação.
A major segue afastada das suas funções na PM.


FolhaPress


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