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Acre tem R$ 10,2 mil retidos para pagar remédio de mulher com lúpus: ‘2ª vez que preciso pedir na Justiça’

Diagnosticada com lúpus em estágio avançado, mulher diz que já está há quase cinco meses sem tomar a medicação. Sesacre informou que não vai se pronunciar sobre a decisão.


O governo do Acre teve R$ 10,2 mil retidos da sua conta bancária para garantir a compra de medicamento para o tratamento da servidora pública Linagila Gadelha, de 38 anos. A mulher precisou recorrer à Justiça pela segunda vez para conseguir comprar um remédio para tratar o lúpus.


A decisão, do Juizado Especial de Fazenda Pública da Comarca de Xapuri, foi divulgada nesta terça-feira (23), pelo Tribunal de Justiça do estado. O valor é para custear a compra do remédio pelo período de um ano.


Ao G1, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) informou que não vai se pronunciar sobre a decisão.


Na ação, o Ministério Público do Estado do Acre (MP- AC) informou que a mulher possui lúpus eritematoso sistêmico em estágio avançado e o remédio recomendado foi Micofenolato de Mofetila 500mg.


Diagnosticada com a doença desde 2009, a servidora pública afirmou que essa foi a segunda vez que o estado teve os bens sequestrados para pagar a medicação para ela. A primeira vez ocorreu em 2012, quando ela conseguiu que fosse retido R$ 10 mil para a compra do remédio por um ano.


“Estou sem a medicação desde agosto do ano passado, ou seja, há quase cinco meses não tomo esse remédio e meu quadro clínico só piorou. O resultado foi que entrei na fila do transplante, correndo risco de ter que fazer hemodiálise”, contou a servidora.


Linagila disse que a justificativa dada pela Saúde para não fornecer a medicação é que seria destinada para pacientes que fizeram transplante de rins. “Mas, segundo minha médica, eu preciso tomar esse remédio para não piorar e precisar fazer o transplante”, afirmou.


Sobre precisar recorrer à Justiça para conseguir fazer o tratamento, a servidora pública lamenta. “É tenso para quem precisa, porque o estado não se preocupa com o ser humano. Outro dia duas pessoas que estavam na mesma situação que eu morreram pela falta da medicação”, lamenta.


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