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Shéridan: ‘Para defender as causas da mulher não precisa ser feminista’

Ela é a primeira deputada a relatar uma reforma política

deputada Shéridan Oliveira (PSDB-RR) é uma das relatoras da reforma política no Congresso e viu seu texto, que propõe o fim das coligações partidárias e a redução do número de partidos, ser aprovado por quase unanimidade em comissão especial na Câmara.


“A cada momento que se alcança um espaço é uma conquista. Eu sou a primeira mulher a relatar uma reforma política. Hoje, no Congresso, é um grande passo”, declarou.


A conquista se dá depois de ela ter ficado no centro de uma polêmica, durante a votação da denúncia contra Temer, no início de agosto. Na ocasião, Shéridan foi chamada de “gostosa” por um dos parlamentares. Ela fez questão de protocolar um pedido de investigação do episódio na Presidência da Câmara. O autor do comentário ainda não foi identificado.


“Esse lugar aqui deveria ser o palco da validação dos direitos do cidadão, da segurança dos direitos da mulher brasileira. E você assistir a um comentário ser feito daquela forma, totalmente desrespeitoso, mostra que a gente tem muito o que avançar”.


Agora, ela defende uma maior participação feminina na política. Lembra que o fato de a Câmara dos Deputados só ter tido presidentes homens, em seus 191 anos de história, é simbólico para a luta das mulheres dentro da Casa. “A gente inicia sabendo que tem uma história a construir, que vai discorrer sobre a nossa capacidade e as condições de avançarmos. É uma possibilidade [presidir a Câmara no futuro]. A gente está construindo a reforma, ano que vem tem eleição. A gente vai tentar retomar o mandato e continuar essa caminhada. O que está por vir nessa construção aqui dentro, no cenário nacional, vai vir”, disse.


Em entrevista ao portal Uol, comentou ainda que o rótulo de “musa da Câmara” interferiu na sua atividade como parlamentar. “Esse tipo de rótulo, mesmo que de forma involuntária, desqualifica a sua história. Eu tive quase 15% dos votos do meu Estado, fui a deputada mais votada da história do meu Estado, e as pessoas pegam todo o meu trabalho e colocam de lado. É a minha aparência que se sobrepõe”.


Questionada sobre ser feminista, ela disse que “para defender as causas da mulher não precisa ser feminista”. “Eu luto pelas mulheres, mas luto pelos homens também, pelas famílias, eu luto pela sociedade”.


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