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Ataque a cassino nas Filipinas deixa mortos

Agências internacionais noticiam ao menos 34 mortos por intoxicação.

O ataque a um cassino em Manila, capital das Filipinas, deixou dezenas de mortos, informam as agências internacionais de notícias na madrugada desta sexta-feira (2).


Apuração de EFE, BBC, Reuters, France Presse (AFP) e CNN informam que ao menos 34 morreram intoxicadas após o homem incendiar mesas no complexo e que mais de 50 pessoas foram internadas por inalação de fumaça. Número de mortos pode aumentar, noticiam as agências.


De acordo com o oficial de polícia Tomas Apolinario disse à imprensa local, os mortos estavam entre o segundo e oitavo andar do edifício.


Homem armado

Um mascarado e armado invadiu o Resorts World, na capital das Filipinas, Manila, e incendiou mesas de um cassino, causando pânico entre as pessoas presentes que estavam no local. O complexo abriga cassino, hotel, cinema, restaurantes e shopping.


A polícia anunciou que controlou a situação, que não há indicação de terrorismo e que o caso seria um roubo.


O homem teria se matado após o ataque.


Após os primeiros relatos de tiros e explosões ouvidos no complexo, policiais, bombeiros e atiradores de elite foram enviados para a cena e isolaram o local.


Imagem postada por usuário do Facebook mostra atendimento a pessoa ferida no Resorts World, nas Filipinas (Foto: Reprodução / Facebook / Tikos Low)

Imagem postada por usuário do Facebook mostra atendimento a pessoa ferida no Resorts World, nas Filipinas (Foto: Reprodução / Facebook / Tikos Low)


Roubo

O chefe da polícia nacional, Ronald dela Rosa, afirmou que “não há nenhuma indicação de terrorismo” e que o incidente pode ter sido um roubo. Segundo ele, um homem armado com um rifle entrou em um cassino do complexo e incendiou mesas. Ele fez alguns disparos, mas não estava apontando contra as pessoas, segundo Dela Rosa. “Não podemos dizer que foi um ato de terror… Ele não feriu ninguém”, disse.


Ainda de acordo com o chefe de polícia, o agressor atirou contra um local onde as fichas de jogos eram guardadas, encheu uma mochila com várias delas e fugiu em direção a um hotel.


Dela Rosa disse que o suspeito é branco de “aparência estrangeira e tem cerca de 1,80m”.


Após o incidente, a fumaça tomou conta do complexo.


O agressor está morto, mas há informações desencontradas sobre a sua morte. Dela Rosa disse à emissora de TV GMA que ele foi morto pelas tropas. Já Oscar Albayalde, chefe da polícia de Manila, disse à uma rádio que ele se matou. “Nossa avaliação é que ele se queimou. Cometeu suicídio”, afirmou.


Terrorismo?

O chefe da polícia nacional afirmou ainda que é possível que o grupo Estado Islâmico (EI) tenha assumido a autoria do ataque para ajudar em sua propaganda. Segundo Rita Katz, a diretora do Site Intel Group, grupo de monitoramento de grupos terroristas, um militante filipino do EI disse que “lobos solitários” seriam responsáveis por um ataque no local (veja abaixo). Não houve, no entanto, um comunicado pelos meios tradicionais do EI, como sua agência Amaq.


Um representante da Cruz Vermelha das Filipinas afirmou que pelo menos 25 pessoas se machucaram no incidente, de acordo com o jornal “Manila Times”. Algumas das vítimas, segundo o relato, tiveram ferimentos graves porque pularam do segundo pavimento de um dos hotéis do complexo.


O Resorts World é um complexo que reúne hotéis, restaurantes, cassinos e lojas e está situado nas imediações do Aeroporto Internacional Ninoy Aquino, que atende a capital do país, Manila.


Em suas redes sociais, o hotel confirmou o incidente, e disse que a área está interditada. “Estamos trabalhando de perto com a Polícia Nacional das Filipinas para assegurar que nossos hóspedes e funcionários estejam em segurança. Pedimos suas orações durante esse momento difícil”.


Também afirmou que a empresa seguiu os protocolos de emergência para garantir a segurança dos hóspedes e funcionários.


Em pronunciamento na Casa Branca, em Washington, o presidente americano Donald Trump disse que os EUA estavam monitorando o incidente em Manila. “É realmente muito triste o que está acontecendo pelo mundo em relação ao terror. Nossos pensamentos e orações estão com todos aqueles afetados”, afirmou. A declaração foi feita antes que a polícia indicasse que não havia indício de terrorismo.


Policial isola área do World Resort em Manila  (Foto: Erik De Castro / Reuters)

Policial isola área do World Resort em Manila (Foto: Erik De Castro / Reuters)


Crise de Segurança

Atualmente, as Filipinas vivem a maior crise em sua segurança interna em anos, e forças estatais tentam, há 10 dias, retomar o controle de Marawi, cidade no sul do país, onde há uma rebelião de jihadistas do grupo Maute, que jurou lealdade ao EI.


Nesta quinta (1º), um ataque aéreo a rebeldes islâmicos escondidos na cidade deixou 11 soldados do governo mortos e sete feridos. Um dos dois aviões que estavam bombardeando as posições rebeldes errou o alvo no centro da cidade.


Segundo a agência Associated Press (AP), 500 milicianos, entre eles combatentes estrangeiros, estão envolvidos no cerco à cidade, que começou junto com o mês sagrado do Ramadã.


Os combates tiveram início no dia 23 de maio, após o fracasso de uma operação militar para prender Isnilon Hapilon, líder do grupo jihadista Abu Sayyaf, também vinculado ao EI, e que permanecia protegido por membros do Maute. Naquele dia, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, anunciou a entrada em vigor da lei marcial na ilha de Mindanau.


A cidade é considerada um importante centro islâmico no sul das Filipinas. De acordo com a CNN, a batalha já provocou o deslocamento de 70 mil pessoas.


 (Foto: Editoria de Arte/G1)

(Foto: Editoria de Arte/G1)


Fonte: G1


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