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Após delegado ofender portadores de Down em vídeo, mães exigem retratação: ‘nossos filhos não são ETs’

O Grupo Família Down do Acre quer que o delegado Fábio Henrique Peviane peça desculpas após ter dito em um vídeo que pessoas com a síndrome são “filhos de ETs”. O vídeo, gravado no último sábado (1) dentro da Delegacia de Flagrantes (Defla) de Rio Branco, viralizou nas redes sociais. O grupo pretende mover uma ação por danos morais, caso o delegado não se retrate publicamente.


No vídeo, Peviane chega a dizer as que pessoas com síndrome de Down seriam resultado do cruzamento entre ETs e macacas. Em entrevista, nesta segunda (3), o delegado disse estar arrependido dos comentários e afirmou que não esperava que as imagens fossem divulgadas. Segundo ele, se tratava de uma brincadeira do dia 1º de abril, Dia da Mentira, entre ele e outros colegas que também estavam de plantão.


“Jamais quis denegrir a imagem. O meu carinho é muito grande por um portador de síndrome de Down, tanto que no vídeo eu jamais ofendi. Foi uma brincadeira que estava tendo ali do dia 1º de abril. Todo mundo se descontrai e faz brincadeiras. Não queríamos publicar nem ofender ninguém. Quem não se arrepende de um negócio desse?”, disse.


A pedagoga Marsilvia Matos, de 40 anos, disse que a repercussão do caso pode atrapalhar o trabalho de inclusão que o grupo faz com crianças no estado. Ela, que é mãe uma criança de nove anos com a síndrome, acredita que as crianças podem sofrer preconceito por parte de outras crianças nos ambientes de convivência.


“Já pensou se na escola alguém começa a dizer que meu filho é um ET? Vamos tomar providências porque nossos filhos não são ETs e não somos macacas. Se [o delegado] não vier a público pedir desculpas vamos entrar com uma ação por danos morais”, afirmou.


Marsilvia contou também que as mães pretendem cobrar providências da Secretaria de Polícia Civil e exigem uma punição para o delegado. A instituição repudiou a atitude do servidor e prometeu tomar providências sobre o caso em uma nota divulgada.


“Vamos falar com o secretário para saber a punição. Não adianta só falar que vai punir, queremos saber qual é o tipo de punição. Um delegado chamar uma criança com Síndrome de Down de ET é inacreditável. Estou com medo desse delegado. Acho que ele é uma ameaça para o meu filho”, lamentou.


A empresária Liliane Aguiar, de 31 anos, é mãe de Felipy Aguiar, de 7, também repudiou a atitude do servidor. Para ela, é inaceitável que o delegado- destacado para exercer os direitos dos cidadãos – apresente um posicionamento ofensivo sobre a síndrome.


“Estamos falando de pessoas com direitos humanos como qualquer outro. Temos uma luta grande com inclusão e para que os direitos sejam exercidos conforme a lei. Pedimos que providências sejam tomadas. Não aceitaremos jamais que atitudes como essas sejam repassadas nem por qualquer cidadão, nem muito menos por um homem que está presente para exercer direitos dos cidadãos. Exigimos respeito aos portadores e familiares dos mesmos”, pontou. Com informações g1acre


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