O dólar fechou a terça-feira em leve baixa no Brasil, em uma sessão esvaziada de indicadores econômicos e de sinais mistos para a moeda norte-americana no exterior, com investidores à espera de divulgações nos EUA no restante da semana.
Investidores também acompanharam durante o dia as notícias sobre a prisão do acionista controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, por suspeita de fraude de R$12 bilhões, ainda que o fato não tenha feito preço no mercado de câmbio. O Banco Central determinou a liquidação extrajudicial do Master, suspendendo suas operações.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista encerrou a sessão em leve baixa de 0,26%, aos R$5,3186 na venda. No ano, a divisa acumula baixa de 13,92%.
Às 17h04, o contrato de dólar futuro para dezembro — atualmente o mais negociado no Brasil — cedia 0,19% na B3, aos R$5,3300.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5,344
- Venda: R$ 5,344
Dólar Turismo
- Compra: R$ 5,339
- Venda: R$ 5,519
O que aconteceu com dólar hoje?
A terça-feira foi mais um dia de oscilações limitadas do dólar no Brasil, com os agentes à espera de divulgações nos Estados Unidos no restante da semana. O dólar variou entre a máxima de R$5,3471 (+0,27%) às 9h26 e a mínima de R$5,3155 (-0,32%) às 16h19 — margens de negociação bastante estreitas.
No exterior, também não havia uma tendência única para os mercados de moedas: o dólar sustentava no fim da tarde ganhos ante o peso chileno, mas caía ante o peso colombiano e o peso mexicano. Às 17h05, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – mostrava estabilidade, a 99,551.
Como pano de fundo estava a expectativa antes de divulgações importantes nos EUA.
Na quarta-feira, o balanço da fabricante norte-americana de chips Nvidia poderá subsidiar as avaliações do mercado sobre os preços atuais das ações de tecnologia — um ponto de atenção dos agentes, que temem correções de baixa mais intensas após a disparada da inteligência artificial.
Também na quarta-feira o Federal Reserve divulgará a ata de sua última reunião de política monetária.
Já o governo dos EUA divulgará na quinta-feira o relatório de empregos payroll — o primeiro desde o fim da paralisação do governo norte-americano. Neste caso, os agentes estarão atentos a pistas sobre se o Federal Reserve voltará a cortar juros em dezembro.
O mercado precificava neste fim de tarde 51,1% de probabilidade de a taxa de juros nos EUA seguir na faixa de 3,75% a 4,00% em dezembro, contra 48,9% de chance de corte de 25 pontos-base, conforme a Ferramenta CME FedWatch.
Os cortes de juros nos EUA, somados à manutenção da taxa básica Selic em 15% ao ano, têm sido apontados pelos agentes como um fator favorável à atração de investimentos ao Brasil — algo que tem mantido o dólar em patamares mais baixos ante o real.
Pela manhã, o Banco Central vendeu 45.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 1º de dezembro.
(Com Reuters e Estadão)