“Russa no Acre” quebra o mito de que europeu não toma banho e fala sobre adaptação com o clima

23 anos 20
Foto: Jardy Lopes

Durante a terceira noite da Expoacre 2024, no Parque de Exposição Wildy Viana, os Jocely Abreu e Marcos Venicius conversaram na noite desta segunda-feira (2) com a russa Aleksandra Shogenova, que está há dois anos no Acre. A entrevista revelou detalhes sobre a vida de Aleksandra e sua adaptação ao Brasil.


Aleksandra, de 27 anos, tornou-se uma sensação nas redes sociais ao compartilhar vídeos sobre a cultura e os costumes acreanos. “Foi uma longa história, mas se resumirmos, foi como jogar Jumanji e aparecer aqui do nada”, contou Aleksandra, com bom humor.


Foto: Jardy Lopes

O foco então se voltou para o relacionamento dela com um acriano. “Sim, eu já arrumei um namorado acreano, inclusive, sou casada”, revelou Aleksandra, referindo-se a Felipe. “Tem muitas qualidades: lealdade, alegria, e é um verdadeiro brasileiro”, afirmou.


Uma parte interessante da conversa abordou a questão ‘mística’ sobre os europeus não gostarem de cuidar da higiene pessoal. Aleksandra explicou que, na Rússia, ela tomava pelo menos dois banhos por dia. “Lá, a gente usava chuveiro com gás e o banho era quente. Aqui no Acre, é diferente. A primeira vez que tentei usar o chuveiro, achei que precisava de um código para liberar a água! Então, pedi ajuda ao Felipe para entender como funcionava”, contou, com uma risada.


Foto: Jardy Lopes

Sobre o impacto do clima e as condições de vida no Acre, Aleksandra descreveu suas primeiras impressões. “Quando cheguei, vi muita floresta e fiquei com medo, tipo, onde estou? E a temperatura foi um choque. Eu sou muito sensível ao calor e o calor aqui é intenso. A fumaça das queimadas também tem sido um problema, especialmente para a minha saúde e para as atividades físicas que eu costumo fazer”, disse.


Apesar das dificuldades, Aleksandra expressou satisfação com sua experiência no Brasil. “Eu estou muito feliz por estar aqui e ter a oportunidade de ver a Expoacre. É uma experiência única”, destacou.


Aleksandra também mencionou seu trabalho como influenciadora digital e perfumista. “Trabalho em home office para uma escola de perfumaria na Rússia, e vejo potencial para explorar aromas da Amazônia no futuro. Estou adaptada ao trabalho remoto e ainda não voltei para a Rússia, mas planejo fazer isso no próximo ano”, afirmou.


Foto: Jardy Lopes

Sobre preconceitos e xenofobia, Aleksandra abordou as dificuldades que enfrentou nas redes sociais. “Sim, eu experimentei alguns preconceitos e xenofobia. Às vezes, palavras são mal interpretadas, e tento explicar quando isso acontece”, disse.


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