A Justiça de São Paulo condenou seis dos sete envolvidos no sequestro e extorsão do ex-jogador Marcelinho Carioca, ocorrido em dezembro de 2023. As sentenças de cada um ultrapassam 20 anos de prisão. O sétimo acusado ainda aguarda julgamento.
No dia do crime, Marcelinho Carioca e sua amiga Taís Alcântara de Oliveira Moreira se encontraram em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, onde o ex-jogador entregaria ingressos para um show. Pouco depois do encontro, três suspeitos armados abordaram a dupla, levando-os no carro de Marcelinho até um cativeiro na região.
No cativeiro, outros membros da quadrilha passaram a contatar os familiares de Marcelinho para exigir resgates. Um amigo do ex-jogador transferiu R$ 30 mil para a conta de um dos criminosos.
O sequestro chegou ao fim após uma denúncia que levou a polícia ao cativeiro. No local, os policiais descobriram que os sequestradores haviam forçado Marcelinho a gravar um vídeo, alegando que o sequestro teria ocorrido devido a um suposto relacionamento entre ele e sua amiga, numa tentativa de incriminá-lo.
De acordo com a sentença publicada nesta terça-feira (24), Caio Pereira da Silva foi condenado a 28 anos e cinco meses de prisão, e Jones Santos Ferreira a 24 anos e quatro meses, ambos envolvidos na abordagem inicial ao ex-jogador.
Wadson Fernandes Santos e Eliane Lopes de Amorim, que emprestaram suas contas bancárias para receberem transferências da extorsão contra o ex-atleta, foram condenados a 24 anos e quatro meses de prisão cada. Já Thauannata Lopes dos Santos e Camily Novais da Silva, presentes no cativeiro no momento do resgate, receberam penas de 21 anos e quatro meses cada.
O sétimo acusado, Matheus Cândido da Costa, ainda aguarda julgamento.
Relembre o caso
Marcelinho Carioca desapareceu em 17 de dezembro de 2023, após sair de um show do cantor Thiaguinho, na Neo Química Arena, em Itaquera. Dias depois, foi descoberto que ele e sua amiga Taís haviam sido sequestrados e levados para um cativeiro em Itaquaquecetuba.
Na ocasião, os sequestradores inicialmente pediram R$ 30 mil de resgate, quantia paga por meio de Pix. Posteriormente, os criminosos exigiram mais R$ 30 mil e, em seguida, R$ 200 mil.
Enquanto o sequestro ainda estava em andamento, um vídeo de Marcelinho com um olho roxo começou a circular nas redes sociais, no qual ele dizia que o sequestro estava ligado a um relacionamento com uma mulher casada. Mais tarde, o ex-jogador explicou que Taís era apenas uma amiga e que foi coagido pelos sequestradores a gravar o vídeo.