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Homenagem aos 49 anos de magistratura de Eva Evangelista é marcada por emoção

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Foto: Thalles André

O Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) realizou no fim da manhã desta quarta-feira, 11, no plenário do edifício-sede, uma Sessão Solene em homenagem aos 49 anos de magistratura da desembargadora Eva Evangelista, marcando a aposentadoria da magistrada.


Durante a solenidade, marcada por emoção e discursos das autoridades, houve entrega de uma placa simbólica pelos serviços prestados ao judiciário, 49 flores e a retirada da toga — traje que simboliza o poder e a autoridade no Judiciário — realizada pelas filhas e neta da magistrada, conferindo um momento de especial representatividade. O traje foi entregue à presidente do TJ-AC, desembargadora Regina Ferrari.


A desembargadora Regina Ferrari, presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), enalteceu os 49 anos de serviços prestados por Eva Evangelista ao Judiciário acreano. Segundo Regina, a trajetória de Eva é motivo de orgulho para o Acre. “É uma longa caminhada que muito honra o estado do Acre, onde ela serviu desde os lugares mais distantes, combatendo o bom combate, como disse Paulo, e hoje ela termina a corrida, mas está preparada para novas lutas que virão. Toda nossa reverência neste dia em que ela se despede de nós”, afirmou Ferrari.


Foto: Thalles André

Em seu discurso, Eva Evangelista destacou que se encerra um ciclo importante de sua vida. “É um ciclo da minha vida que se fecha hoje, mas com a sensação de, como disse o apóstolo Paulo, ter combatido o bom combate e guardado a fé. Isso representa para mim a esperança de um Judiciário cada vez mais próximo do cidadão”, declarou, ressaltando sua trajetória nas causas sociais no Acre. “Quem está chegando agora tem que seguir a trajetória política que tracei em todas as decisões. A justiça precisa agir para reduzir os riscos de feminicídios e também da violência psicológica contra a mulher, que atinge toda a família e a sociedade”, mencionou.


Após a aposentadoria, Eva afirmou que terá três anos de quarentena e que pretende ativar sua carteira de advogada, suspensa desde 1975. “Não digo que vou advogar, mas o que prefiro é continuar na luta pelos direitos das mulheres, das crianças, dos adolescentes, dos homens também, mas, em primeiro lugar, os direitos das mulheres”.


O governador Gladson Cameli (PP), presente na solenidade, destacou que Eva Evangelista é um exemplo para a sociedade acreana. Gladson adiantou que o fim da magistratura de Eva não é um adeus, mas apenas um até logo, pois ela ainda deve contribuir com as causas sociais. “É um exemplo de uma guerreira que honra e ama o Estado do Acre. A senhora não está dando um adeus, está dando um até logo. A senhora tem muito como contribuir com o nosso estado”, ressaltou Cameli.


Foto: Thalles André

Vinícius Menandro, promotor de justiça e filho da desembargadora, se emocionou ao falar da mãe e afirmou que ela é um orgulho para o Acre. “Esposa, mãe, irmã, leal, honesta, inteligente, são muitos adjetivos que não definem plenamente esta mulher que sempre estará à frente do seu tempo”, disse.


O prefeito Tião Bocalom (PL) também marcou presença na despedida da decana do Poder Judiciário, destacando que Eva sempre foi parceira do serviço público desde quando ele era prefeito de Acrelândia. “Quarenta e nove anos de serviço prestado à Justiça Acreana. Eu tenho orgulho de conhecê-la há 30 anos. Ela sempre nos ajudou, então é uma pessoa que eu tenho muito carinho e jamais poderia deixar de vir aqui para lhe dar um abraço e agradecer por tudo que ela fez pela Justiça Acreana”, afirmou Bocalom.


Foto: Thalles André

Filha de migrantes nordestinos que chegaram ao Acre na década de 1940, Eva Evangelista foi a primeira mulher magistrada do estado, cargo que assumiu em 1975, aos 27 anos, na Comarca de Sena Madureira. Ela ascendeu ao cargo de desembargadora do TJ-AC aos 33 anos, por promoção, em 1984, e foi a primeira mulher a presidir a Corte de Justiça e o Tribunal Regional Eleitoral do Acre.


Estiveram presentes na solenidade o desembargador Júnior Alberto, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), a desembargadora Denise Bonfim, o delegado-geral de Polícia Civil Henrique Maciel, o procurador-geral do Ministério Público do Estado do Acre (MP-AC), Danilo Lovisaro, o senador da República Alan Rick (UB), o deputado estadual Eduardo Ribeiro (PSD), entre outras autoridades.


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