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Dólar fecha em queda de 0,11%, a R$ 5,64, entre commodities e inflação nos EUA

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Notas de dólar em foto de ilustração (Foto: Dado Ruvic/Ilustração/Reuters)

Em uma sessão marcada pela volatilidade, o dólar à vista fechou a quarta-feira perto da estabilidade ante o real, com as cotações reagindo por um lado aos dados de inflação dos EUA e por outro ao avanço das commodities no mercado internacional.


O dólar à vista fechou em leve baixa de 0,11%, na casa dos R$ 5,64. Em setembro, a divisa acumula alta de 0,24%.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,2% em agosto ante julho, a mesma variação observada um mês antes. Em 12 meses, a inflação voltou a desacelerar, de 2,9% para 2,5%.


Os dados de julho vieram dentro do esperado, uma vez que o consenso LSEG de analistas projetava variação de +0,2% na leitura mensal. Mas projeção para a inflação anual era um pouco mais alta, de 2,6%.


Qual a cotação do dólar hoje?

O dólar comercial fechou com baixa de 0,11%, a R$ 5,647 na compra e R$ 5,648 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) teve queda de 0,11%, a 5.669 pontos.


Na terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,32%, cotado a R$ 5,6552.


Dólar comercial

  • • Compra: R$ 5,647
  • • Venda: R$ 5,648

Dólar turismo

  • • Compra: R$ 5,682
  • • Venda: R$ 5,862

O que aconteceu com o dólar hoje?

O principal evento do dia foi a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA. Na esteira dos números o dólar ganhou força ante outras divisas no exterior, em meio à leitura de que aumentaram as chances de corte de apenas 25 pontos-base dos juros pelo Federal Reserve na próxima semana, e não de 50 pontos-base.


No Brasil, a moeda norte-americana chegou a atingir a cotação mínima do dia já após os dados do CPI, em movimento amparado pelo avanço firme de commodities como minério de ferro e petróleo — dois produtos importantes da pauta exportadora brasileira. Além disso, o forte avanço do dólar ante o real na véspera, de mais de 1%, deixava margem para algum ajuste técnico.


No entanto, com o dólar ganhando fôlego no exterior, as cotações no Brasil também saltaram para o território positivo no fim da manhã.


Após marcar a mínima de R$ 5,6068 (-0,86%) às 10h11, o dólar à vista atingiu a máxima de R$ 5,6750 (+0,35%) às 11h54.


Ao longo da tarde a moeda dos EUA voltou a se acomodar no Brasil, oscilando entre estabilidade e leves baixas ante o real.


“O CPI ratificou que o Fed vai cortar os juros em 25 pontos-base na reunião da próxima semana, o que valorizou um pouco o dólar. Mas isso já estava de certo modo no preço”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “Com as commodities em alta, o dólar voltou a cair ante o real”, acrescentou.


Apesar de as commodities garantirem certa sustentação ao real, a moeda brasileira tinha um dos piores desempenhos entre seus pares nesta quarta-feira. O peso mexicano e o peso chileno, por exemplo, lideravam os ganhos ante o dólar entre as principais divisas globais no fim da tarde.


Por outro lado, às 17h14 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes — subia 0,07%, a 101,710.


Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.


À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total negativo de 1,010 bilhão de dólares em setembro até o dia 6, com saídas líquidas de US$ 559 milhões pelo canal financeiro e saídas de US$ 451 milhões pela via comercial.


(com Reuters)


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