Agravamento da seca no Acre deve afetar mais de 80% das terras do agro

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A principal unidade de estudo dos desastres naturais do Brasil, o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), criou o Índice Integrado de Seca (IIS), cujas variáveis de agosto apontam para diminuição no número total de municípios com seca extrema em relação a julho — mas não é o que acontece na maior parte do País. “Apesar dessa melhora, a situação permanece crítica, com áreas consideráveis ainda nessa categoria, principalmente no Mato Grosso. Observa-se também um agravamento da seca no Acre e no oeste do Amazonas”, diz o Cemaden.


Mais de 80% das áreas de agricultura e pecuária estão afetadas pela estiagem severa no Acre. Somente no Alto Acre a situação é um pouco menos grave, com menos de 40% da área agroprodutiva afetados pela seca.


Cerca de 200 municípios continuam em condição de seca extrema, com destaque para São Paulo (82 municípios), Minas Gerais (52), Goiás (12), Mato Grosso do Sul (8) e Mato Grosso (24).


A situação é particularmente preocupante em alguns municípios, tais como Santa Isabel do Rio Negro (Amazonas), que já enfrenta seca extrema há 12 meses; Canápolis (Minas Gerais) e Apiacás (Mato Grosso) que registram essa condição de seca há 10 meses.


A projeção do Índice Integrado de Seca para setembro de 2024 alerta para o agravamento da seca em diversas regiões do Brasil. Destaque para a expansão dos municípios com condição de seca extrema, sendo estes localizados no Amazonas (8 municípios), Mato Grosso (73 municípios), Mato Grosso do Sul (7 municípios) e Goiás (43 municípios). Na Bacia do Rio Paraná, a seca continua crítica, variando de severa a extrema em parte da região. Essa situação exige atenção e ações preventivas para minimizar os impactos socioeconômicos e ambientais, sobretudo em relação ao maior risco de propagação do fogo.


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