Iapen se prepara para expor trabalho dos detentos na Expoacre

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Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen) tem se preparado para expor, durante a Expoacre, os trabalhos realizados pelos detentos do estado.


Detentas da Unidade Penitenciária Feminina de Rio Branco produzem peças em crochê que serão expostas durante a Expoacre 2024. Foto: Lucas Manoel/Iapen

Em Rio Branco, as detentas da Unidade Penitenciária Feminina, que fazem parte do projeto Entrelinhas, estão a todo vapor, produzindo peças em crochê, que vão estar expostas no estande do Iapen.


Apenadas que fazem parte de projeto Entrelinhas vão ter trabalhos expostos durante Expoacre 2024. Foto: Lucas Manoel/Iapen

E. C. L. fala que se sente lisonjeada e muito feliz ao saber que seu trabalho vai estar à mostra para todos verem: “Me sinto lisonjeada de poder estar participando, de as pessoas poderem estar vendo nosso trabalho aqui dentro do presídio, apreciando, mostrando para as pessoas o desempenho. E o crochê é como uma terapia, digamos assim, que alivia, porque não é fácil estar aqui, a falta da família, a falta de casa. Então, a gente procura botar os nossos problemas, vamos supor assim, na linha. Fazer nosso trabalho, e o tempo passa bem mais rápido, né?”.


Detentos que trabalham com marcenaria no Polo Moveleiro de Rio Branco produzem peças em madeira para serem expostas no estande do Iapen durante Expoacre 2024. Foto: Lucas Manoel/Iapen

Além da Unidade Penitenciária Feminina de Rio Branco, no Polo Moveleiro, os detentos que trabalham com a marcenaria estão produzindo móveis, utensílios de cozinha, decorações em madeira, entre outros.


Instrumentos musicais fabricados durante oficina de luthieria, no projeto Sons da Liberdade, vão estar expostos na Expoacre 2024. Foto: Isabelle Nascimento/Iapen

Os apenados que fazem parte da oficina de luthieria, Sons da Liberdade, também estão avançando na produção de instrumentos musicais. S. B. C. é músico há 15 anos e ressalta que, com toda a experiência que tem, acredita que os instrumentos têm uma ótima qualidade: “É muito gratificante a gente ver produzido do zero, né? A gente pega só alguns pedaços de madeira e no final das contas consegue ver um instrumento tão lindo e particularmente até com uma boa qualidade sonora, porque eu sou músico há 15 anos e, conhecendo bem de música, consigo identificar quando um violão tem uma boa qualidade sonora”.


Detentos que fabricam instrumentos terão seus trabalhos expostos na Expoacre 2024. Foto: Lucas Manoel/Iapen

O policial penal e luthier, Jardel Costa, que ensina os detentos na arte de luthieria, diz que se sente grato e acredita que a arte é uma forma de trazer mudança na vida dos privados de liberdade: “Estou grato também por tudo isso que está acontecendo. É muito bom ver. A gente percebe que eles se sentem muito felizes em ver o resultado pronto. A arte é realmente transformadora. Ela traz um outro nível de consciência que outros tipos de trabalhos não trazem”.


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