Dia da Infância: coberturas vacinais de crianças em 2024 superam 2023 no Acre

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O Dia da Infância foi celebrado em todo mundo no último sábado, 24. A data, instituída pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), promove a reflexão sobre as condições de vida e os direitos das crianças e a vacinação é uma dessas garantias. Em 2024, conforme a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) do Ministério da Saúde, nove vacinas aplicadas até o segundo ano de vida das crianças já superaram os números do ano passado em todo o país.


No Acre, houve um aumento na cobertura vacinal de 14 dos 16 imunizantes do calendário de vacinação infantil. Destaca-se a vacina contra a meningite C, cujo o alcance subiu de 76,45% em 2023 para 95,19% até esta segunda-feira (26). Outros aumentos significativos foram observados na DTP, que passou de 72,74% para 83,70%; na vacina contra a febre amarela, que subiu de 60,05% para 64,06%; na Pólio, que avançou de 74,29% para 79,41%; na Pneumo 10, que passou de 82,02% para 86,78%; e na Penta, que cresceu de 72,69% para 83,70%.


Para o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, o aumento da adesão às vacinas possibilita um maior controle das doenças imunopreveníveis no Brasil. “Graças ao Movimento Nacional pela Vacinação, lançado no início de 2023, e da introdução de novas estratégias, como o microplanejamento, que consiste em diversas atividades com foco na realidade de cada local, estamos conseguindo recuperar a confiança nas vacinas e resgatar essa cultura no país”, observa.


Em abril, o Ministério da Saúde identificou um aumento nas coberturas vacinais de 13 dos 16 principais imunizantes do calendário infantil do Programa Nacional da Imunizações (PNI) em comparação a 2022. O resultado, observado em todo o país, muda o cenário de queda dos índices vacinais enfrentado pelo Brasil desde 2016.


O atual balanço também corrobora com as estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Unicef, que tiraram o Brasil da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas.


 


Investimento


 


Em 2023, o investimento para apoiar estados e municípios na compra de imunizantes foi de mais de R$ 6,5 bilhões. Para este ano, a previsão é que esses recursos cheguem a R$ 10,9 bilhões. Além disso, R$ 150 milhões são destinados anualmente para apoiar ações de imunização com foco no microplanejamento e na comunicação regionalizada.


Atualmente, o DPNI do Ministério da Saúde oferece mais de 40 tipos de imunobiológicos no SUS. O Calendário Nacional de Vacinação contempla, na rotina dos serviços de vacinação, 20 vacinas que beneficiam não só crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas.


 


Calendário Nacional de Vacinação


 


Uma forma de saber quais vacinas são recomendadas para cada etapa da vida é por meio do Calendário Nacional de Vacinação. Vale ressaltar que os imunizantes disponíveis no SUS são seguros, eficazes e de vital importância para proteção contra doenças imunopreveníveis. Confira abaixo as doses recomendadas até os 10 anos de idade:


 


Recém-nascidos


 


BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) dose única: Contra a tuberculose;


Hepatite B (primeira dose): contra a hepatite B.


 


2 meses


 


Penta (DTP+ Hib+ Hepatite B): contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae B e hepatite B – (1ª dose);


VIP (Vacina Inativada Poliomielite 1, 2 e 3): contra poliomielite – (1ª dose);


Pneumocócica 10-valente: contra doenças causadas pelo pneumococo – (1ª dose);


Rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) – (VRH): diarreia por rotavírus (gastroenterites) – (1ª dose).


 


3 meses


 


Meningocócica C (Conjugada): contra pneumonias, meningites, otites e sinusites pelos sorotipos que compõem a vacina – (1ª dose)


 


4 meses


 


Penta – 2ª dose;


VIP – 2ª dose;


Pneumocócica 10-valente – 2ª dose;


Rotavírus – 2ª dose.


 


5 meses


 


Meningocócica C (conjugada) – 2ª dose


 


6 meses


 


Penta – 3ª dose;


VIP – 3ª dose;


Vacina COVID-19 – 1ª dose.


 


Protege contra as graves e óbitos por covid-19, causada pelo SARS-CoV-2


 


Obs.: A vacina covid-19 está recomendada com esquema de duas doses (aos 6 e 7 meses de idade), respeitando os intervalos mínimos recomendados (4 semanas entre a 1ª e 2ª dose). Caso não tenha iniciado ou completado o esquema primário até os 7 meses de idade, a vacina poderá ser administrada até 4 anos, 11 meses e 29 dias, conforme histórico vacinal. Para indivíduos imunocomprometidos, o esquema vacinal é de três doses (aos 6, 7 e 9 meses).


 


7 meses


Vacina COVID-19 – 2ª dose


 


9 meses


 


Vacina Febre Amarela (atenuada): contra a febre amarela – Uma dose


 


12 meses


 


Pneumocócica 10-valente (Conjugada) – Reforço;


Meningocócica C (conjugada) – Reforço;


Sarampo, Caxumba,. Rubéola (Tríplice viral): protegem contra o sarampo, a caxumba e a rubéola – 1ª dose;


 


15 meses


 


Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP): primeira dose de reforço contra a difteria, o tétano e a coqueluche;


Poliomielite 1 e 3 (atenuada) – (VOPb) – primeira dose de reforço contra a poliomielite;


Vacina adsorvida hepatite A (HA – inativada): protege contra a hepatite A – Uma dose;


Vacina Tetra viral (uma dose): protege contra o Sarampo, Caxumba, Rubéola e varicela.


 


4 anos


 


Vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) – 2º reforço;


Vacina Febre Amarela (atenuada) – Reforço;


Vacina poliomielite 1 e 3 (atenuada) – (VOPb) – 2º reforço;


Vacina varicela (monovalente): protege contra a varicela – Uma dose;


 


5 anos


 


Vacina Febre Amarela (atenuada) – (FA) – Uma dose, caso a criança não tenha recebido as duas doses recomendadas antes de completar 5 anos;


Vacina pneumocócica 23-valente – (Pneumo 23): protege contra infecções invasivas pelo pneumococo – Uma dose para a população indígena.


 


9 e 10 anos


 


Vacina HPV Papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (HPV4 – recombinante) – Dose única


Doenças evitadas: Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18.


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