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Brasil tem ‘déjà vu’, perde para os EUA e fica com a prata no futebol feminino em Paris

Brasil mede forças com os Estados Unidos Foto: Lisa Leutner

O Brasil ficou no quase na luta pelo ouro do futebol nos Jogos Olímpicos. Na reedição das finais de Atenas-2004 e Pequim-2008, a seleção feminina perdeu para os Estados Unidos por 1 a 0, neste sábado, 10, no Parque dos Príncipes, e ficou com a prata em Paris-2024.


Essa é a terceira medalha do País na modalidade. Antes, a seleção levou a prata em outras derrotas para as norte-americanas, como citado. Além das pratas, as brasileiras perderam duas vezes em disputas pelo bronze, em Atlanta-1996 e Sydney-2000.


Como foi a partida


O reencontro com as norte-americanas teve um primeiro tempo com o Brasil melhor. Após os primeiros minutos de estudo, o time de Arthur Elias começou a crescer. Apesar de poucos chutes ao gol, o jogo acontecia pelo campo de defesa das adversárias.


Em um momento de perigo, Ludmilla balançou a rede, mas o gol foi anulado por posição irregular da brasileira. Além do lance em impedimento, a atacante recebeu inúmeras bolas, mas pouco conseguiu fazer contra a defesa dos Estados Unidos.


Perto do fim da etapa inicial, Gabi Portilho parou em defesa de Alyssa Naeher. No rebote, novamente a bola sobrou para Ludmilla, que não conseguiu finalizar.


No segundo tempo, o início foi semelhante. Com o jogo passando bastante por Portilho, a posse de bola não virava chutes ao gol. Como diz o ditado: quem não faz, leva. E foi o que aconteceu.


Aos 11 minutos da segunda etapa, Mallory Swanson aproveitou ataque rápido das norte-americanas e bateu cruzado para abrir o placar. Os minutos seguintes ao gol tiveram os Estados Unidos melhores. Marta, Angelina e Priscila chegaram a entrar nos lugares de Ludmilla, Jheniffer e Duda Sampaio após o tento adversário.


Com o jogo passando, o Brasil voltou a tentar crescer. Porém, assim como aconteceu na primeira etapa, os ataques não se converterem em chutes ao gol. Já nos acréscimos, um cabeceio de Adriana parou na defesa de Naeher.


Caminho até a final


O Brasil não teve vida fácil para chegar na final dos Jogos Olímpicos de Paris. Após vitória por 1 a 0, com gol marcado por Gabi Nunes, sobre a Nigéria, o banho de água fria veio de virada contra o Japão, na segunda rodada.


Em vantagem durante boa parte do segundo tempo, as brasileiras tiveram um ‘apagão’ nos minutos finais e tomaram a virada nos acréscimos. O gol brasileiro foi marcado por Jheniffer.


Na terceira e última rodada da fase de grupos, veio o momento de maior tensão. Com a expulsão de Marta por entrada violenta em Olga Carmona, o Brasil jogou todo o segundo tempo com uma jogadora a menos e pouco pode fazer contra as atuais campeãs do mundo.


Ao fim do jogo, o placar marcou 2 a 0 para as espanholas e o clima de preocupação tomou conta dos torcedores. Com apenas três pontos na terceira colocação do grupo, o time de Arthur Elias precisou torcer por uma combinação de resultados para avançar entre as melhores terceiras, e foi o que aconteceu.


No mata-mata, a chave virou. Sem Marta – que recebeu dois jogos de suspensão -, o primeiro desafio foi contra a França, nas quartas de final. Diante das donas da casa, Portilho foi a responsável por marcar o gol solitário das brasileiras.


Para garantir um lugar na decisão, chegou a vez do reencontro contra a Espanha. No entanto, desta vez o resultado foi diferente da fase de grupos. Em uma atuação de gala, o Brasil venceu por 4 a 2, com os gols marcados por Gabi Portilho, Karolin, Adriana e Irene Paredes (contra) e seguiu na luta pelo ouro.


Fantasma dos Estados Unidos


O duelo deste sábado marcou a terceira final olímpica entre as equipes. Nas duas primeiras, as norte-americanas haviam levado a melhor em ambas. No encontro decisivo de Atenas-2004, os Estados Unidos levaram a melhor na prorrogação contra a equipe que tinha Marta e Cristiane como destaques.


O tempo regulamentar terminou empatado em 1 a 1, com o gol brasileiro marcado por Pretinha. Na prorrogação, Abby Wambach marcou o segundo gol norte-americano e deixou o Brasil com a prata. Na Grécia, elas já haviam medido forças na fase de grupos, com outra vitória das rivais.


Na edição seguinte do evento, mais um encontro em final. E o resultado foi o mesmo: a prata ficou com o Brasil. Em Pequim-2008, novamente na prorrogação, a equipe liderada por Marta e Cristiane levou a pior e voltou para a casa com o segundo lugar. Carli Lloyd marcou gol norte-americano.


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