Pesquisar
Close this search box.
(ac) banner institucional blitz da economia

Avião da Voepass enfrentou condições meteorológicas severas antes de cair

aviaoqueda (1)
Equipes trabalham após queda de avião da Voepass em Vinhedo, no interior de São Paulo Crédito: Secretaria de Segurança de São Paulo/Divulgação

O avião ATR 72-500 da Voepass, que caiu em Vinhedo na última sexta-feira (9), passou por uma área crítica por quase 10 minutos durante o voo e perdeu mais de 100 km/h.


O estudo foi feito pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal do Alagoas (Ufal). A informação foi divulgada pelo UOL e confirmada pela CNN.


O voo 2883 saiu de Cascavel, no Paraná, às 11h56, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A queda aconteceu às 13h22.


Por volta das 13h10, a aeronave entrou numa área com alta formação de gelo, ventos de 60 a 70 km/h e nuvens altas e congeladas, com temperaturas de cerca de – 40°C.


O pesquisador Humberto Barbosa, responsável pela pesquisa, afirmou que essa foi a pior situação encontrada no voo. Segundo ele, até agora foi dada pouca importância para as condições meteorológicas.


“Eles estavam saindo do norte do Paraná e entrando no sul de São Paulo, quando encontraram uma situação muito severa pelo padrão das nuvens”, explicou o coordenador do Lapis.


Humberto ainda disse que um ciclone extratropical formado na região Sul do país aumentou os ventos em direção ao estado paulista.


A aeronave permaneceu na área crítica por quase 10 minutos, tendo entrado nela por volta das 13h10 e permanecido até às 13h19. O avião perdeu velocidade no trecho, saindo de 403 km/h para 300 km/h. “A região tinha uma alta umidade e causou grande turbulência, assim como perda de potência”, explicou o pesquisador.


Segundo os dados, o ATR da Voepass estava a cerca de 600 km/h até às 13h07, mas começou a perder velocidade progressivamente e nunca mais recuperou.


Além disso, o avião já tinha passado por queda de brusca de velocidade às 12h53, mas voltou a acelerar rapidamente.


O grupo da Ufal realizou o estudo a partir de uma integração entre dados e imagens de satélites, uma rede de radares meteorológicos e algoritmos que coletam informações de formação de gelo, nuvens e sobre a temperatura da região. O laboratório também teve acesso às informações do voo como velocidade, direção, altitude e rota.


Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
posto village ezgif.com gif to avif converter

Últimas Notícias