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Aumento de queimadas, qualidade do ar preocupante e rios em baixa no Acre

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FOTO: SÉRGIO VALE

Em estado de emergência ambiental desde julho de 2024, o Acre enfrenta uma crise ambiental severa, com rios em níveis críticos de baixa e um aumento alarmante no número de queimadas. O mais recente boletim meteorológico e relatório hidrometeorológico divulgados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Acre (SEMA) divulgado nesta segunda-feira (26) destacam os impactos profundos da atual situação climática na região.


O boletim revela que a maioria dos rios no estado está com níveis significativamente reduzidos. O Rio Acre em Rio Branco, por exemplo, apresenta um nível preocupante de 1,39 metros, muito abaixo da média histórica de 2,75 metros para o período do ano. Em contraste, os níveis dos rios em Brasiléia e Santa Rosa do Purus permanecem elevados, e em Tarauacá, o nível dos rios está estável.


FOTO: SÉRGIO VALE

O prognóstico do NCEP-GFS/USA para o período de 26 de agosto a 1º de setembro de 2024 prevê chuvas acumuladas de até 5 mm, com anomalias negativas esperadas em todas as regiões do estado.


Segundo o boletim, desde o início de agosto, a Ponte do Rio Liberdade acumulou o maior volume de chuva com 50,40 mm, enquanto locais como Colônia Dolores e Seringal Santa Helena registraram 28,40 mm e 24,0 mm, respectivamente. No entanto, a capital, Rio Branco, acumulou apenas 15,40 mm, refletindo a irregularidade na distribuição das precipitações.


A situação das queimadas é igualmente preocupante. Dados de satélite de 1º de janeiro a 25 de agosto de 2024 indicam um total de 2.050 focos de incêndio, com Feijó liderando o ranking com 470 focos. Tarauacá e Cruzeiro do Sul seguem com 286 e 261 focos, respectivamente. No mês mais recente, de 1º a 25 de agosto, foram registrados 1.310 focos, novamente com Feijó no topo da lista com 331 focos.


O risco de queimadas para o dia 28 de agosto de 2024 é variado, com áreas isoladas apresentando risco Mínimo a Baixo, mas a maioria das regiões, incluindo Unidades de Conservação, enfrentará riscos médio, alto e crítico. A escassez de chuvas e a prolongada seca são fatores principais que contribuem para o aumento do risco de incêndios.


FOTO: SÉRGIO VALE

Além disso, a qualidade do ar tem se deteriorado, com níveis de material particulado (PM2.5) ultrapassando os limites recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O último relatório da Rede PurpleAir, datado de 26 de agosto de 2024, indica que as concentrações diárias de PM2.5 estão alarmantemente altas. Em Rio Branco, os níveis atingiram 80,27 µg/m³, enquanto outros municípios, como Bujari e Sena Madureira, apresentaram concentrações de 74,00 µg/m³ e 70,86 µg/m³, respectivamente.


O gráfico divulgado pela SEMA e pela Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar, utilizando sensores PurpleAir PA-II-SD, confirma que vários municípios acreanos estão enfrentando concentrações de material particulado muito acima do padrão ideal. Em contraste, Plácido de Castro registrou uma concentração significativamente menor de 5,52 µg/m³.


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