Acre está entre os estados com crescimento alarmante de focos de queimadas em 2024

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Os dados recentes sobre focos de queimadas no Brasil mostram um aumento alarmante nos primeiros 7 meses de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023. No país, o crescimento até este sábado, 3, corresponde a 61%. São 62.971 neste ano contra 39.049 do ano passado.


Quando o comparativo é relacionado aos estados, o Acre aparece entre os seis com o maior crescimento de focos de queimadas de um ano para o outro. São 802 ocorrências em 2024 contra 322 de 2023, uma alta de 149% até a última atualização do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).


Entre os maiores aumentos percentuais, os estados de Mato Grosso do Sul e Roraima estão no topo, com 455% e 263% de crescimento, respectivamente. Em seguida, na frente do Acre, vêm Rio de Janeiro e Rondônia, com elevações de 159% e 170% com relação ao ano passado.


Em números absolutos, Mato Grosso do Sul passou de 1.166 focos em 2023 para 6.477 em 2024. Mato Grosso também apresentou um aumento significativo, com os focos subindo de 7.670 no ano passado para 11.743 neste ano.


Roraima teve um aumento preocupante, com os focos passando de 1.276 para 4.633. O Amazonas seguiu a mesma tendência, com os focos subindo de 2.569 para 5.445. Tocantins também apresentou um aumento significativo, de 4.044 focos em 2023 para 5.734 em 2024.


Fatores para explosão dos casos


De acordo com a Climatempo, os primeiros sete meses de 2024 foram notavelmente mais quentes do que em 2023. A atuação de massas de ar quente na região central do Brasil foram as principais causadoras da irregularidade das chuvas e do aumento das temperaturas, o que contribuiu para o aumento no número de focos de queimadas.


Desde o começo do ano, ocorreram cinco períodos de temperatura extrema no Brasil: três ondas de calor e dois veranicos. Destaca-se a onda de calor que durou de 22 de abril até 10 de maio, uma das mais longas registradas nos últimos anos, com cerca de 18 dias de temperaturas acima da normalidade, variando entre 3ºC e 7ºC acima da média.


A Climatempo ainda diz que a atuação do fenômeno El Niño desde o segundo semestre de 2023 até junho, somada com o aquecimento do Atlântico, favoreceu a intensificação dessas massas de ar quente e a irregularidade das chuvas. Em contraste, os primeiros sete meses de 2023 foram caracterizados por uma transição, sem efeitos climáticos mais notáveis no Brasil.


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