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Vídeo de avião russo dando ‘chega pra lá’ em caça da Otan viraliza; veja

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Imagem: Reprodução

O vídeo de um caça russo dando um “chega pra lá” em um avião da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) durante uma interceptação repercutiu nas redes sociais no fim de semana. Nas imagens é possível ver o que seria um Su-27 da Força Aérea Russa se aproximando do caça F-15, fazendo com que ele tenha de realizar uma manobra para se afastar em segurança.


No vídeo é informado que o avião da organização estava acompanhando um bombardeiro supersônico Tupolev Tu-22M. A data da ocorrência não foi informada.


Veja as imagens da manobra:


Até o momento, o vídeo já tem mais de 3 milhões de visualizações no TikTok, mas as imagens da abordagem já circulam pela internet desde 2019 pelo menos. Apesar de não ter conseguido verificar o contexto em que tudo aconteceu, esse tipo de ocorrência não é incomum.


Manobra arriscada


Interceptações e escoltas devem sempre manter a segurança do voo, o que não aconteceu nas imagens do vídeo. Uma analogia equivalente seria a de uma pessoa dirigindo de maneira agressiva no trânsito: foi preciso desviar para evitar uma colisão em pleno ar.


Todo tipo de interceptação possui regras específicas a serem seguidas. Em linhas gerais, ao se tomar conhecimento da presença de uma aeronave não identificada ou inimiga no espaço aéreo de um país, e não em área internacional, são tomadas as seguintes atitudes em relação a ela:


Ser identificada
Ser rastreada
Ser inspecionada
Ser desviada da rota
Ter comunicação estabelecida


Essas regras mudam de país para país, mas seguem um roteiro bem similar:


Aproximação: geralmente, é feita por trás, e pode ser realizada individualmente ou em duplas. Sempre é mantida uma distância segura para evitar que a operação coloque em risco o voo.


Identificação: a aeronave suspeita passa a ser observada mais de perto, e são buscadas informações capazes de identificá-la, como matrícula, quem está no comando, modelo entre outras.


Pós-interceptação: nesse momento, são feitas tentativas de comunicação, tanto via rádio quanto em sinais feitos com os caças. Estes sinais podem incluir balançar as asas, realizar algum movimento específico e acender e apagar as luzes.


Ainda podem ser feitas manobras especiais para desviar o avião da rota considerada proibida. Apenas em casos extremos é realizado o abate de uma aeronave, quando ela é considerada hostil e oferece risco à segurança.


Em espaços aéreos internacionais, não ocorre o abate, a não ser que exista um risco imediato, como o de derrubar outro avião. Essa medida, porém, é excepcional.


Por que há interceptações assim?


Embora o voo estivesse sendo realizado, em tese, em espaço aéreo internacional, sempre há um país responsável pelo controle de tráfego aéreo para evitar problemas ou, até mesmo, acidentes. Ainda, antes de se decolar, existe um plano de voo que é informado às autoridades responsáveis pela região onde as aeronaves irão passar.


Quando é detectado um avião voando sem informar seu destino ou suas intenções, é comum que ele seja acompanhado por aeronaves de outros países. Principalmente por questões de segurança, embora exercícios sobre águas internacionais sejam corriqueiros.


Em um cenário hipotético, um bombardeiro estaria voando sobre um espaço aéreo internacional em direção a uma nação inimiga. Ao ser detectada sua presença, não seria estranho que aquele país enviasse caças para acompanhar o voo.


Essa atitude permitiria uma resposta mais rápida caso as aeronaves tentassem invadir o espaço aéreo do país. Ao mesmo tempo, esses exercícios podem servir para acompanhar a qual a distância outra nação é capaz de detectar aeronaves consideradas hostis.


A interceptação também serviria para acompanhar a aeronave não identificada e garantir que ela não atrapalhe o fluxo da aviação, tomando cuidado para evitar acidentes com outros aviões.


Fonte: Enio Beal Jr., piloto de avião, ex-piloto de caça da FAB (Força Aérea Brasileira) e integrante do grupo Proa Certa, um coletivo de profissionais da aviação que ajuda pilotos a se recolocarem no mercado


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