O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu sua primeira entrevista após ter sofrido um atentado no fim de semana durante um comício na Pensilvânia, no sábado (13). “Eu não deveria estar aqui, deveria estar morto”, disse o candidato republicano ao jornal New York Post na noite de domingo (14).
Se não tivesse virado a cabeça de lado, disse, a bala que atingiu sua orelha de raspão o teria matado. Ele se mexeu para ler um gráfico sobre imigrantes ilegais. “O médico do hospital disse que nunca viu nada parecido, ele chamou de milagre”, disse Trump.
O ex-presidente disse ter ficado “impressionado” com a rapidez com que os agentes agiram assim que os tiros começaram, e os comparou a jogadores de futebol americano. Em certo momento da entrevista, disse a reportagem do NY Post, Trump até abriu a camisa de manga comprida para mostrar um grande hematoma em seu antebraço direito.
Ele elogiou os agentes do Serviço Secreto por suas ações heroicas e agradeceu por terem derrubado no atirador, que estava em um telhado a cerca de 130 metros de distância do palco. “Eles o mataram com um tiro bem no meio dos olhos”, falou. “Eles fizeram um trabalho fantástico. É surreal para todos nós.”
Trump também comentou sobre a foto em que ele levanta o punho e diz “lute” enquanto os agentes o retiram do palco. “Muitas pessoas dizem que é a foto mais icônica que já viram”, disse Trump. “Eles estão certos e eu não morri. Normalmente você tem que morrer para ter uma imagem icônica.”
Trump afirmou que, enquanto os agentes do Serviço Secreto o escoltavam para fora do palco, ele queria ter continuado a falar com apoiadores, mas foi informado de que não era seguro e que precisava ser levado ao hospital.
Trump também esclareceu porque pareceu tão preocupado com seus sapatos, segundo flagraram vídeos durante o comício. “Espere, quero pegar meus sapatos”, disse ele algumas vezes logo após o ataque. Segundo Trump. os agentes o atingiram com tanta força que seus sapatos caíram mesmo sendo muito apertados.