A força tarefa que atua no Pantanal identificou áreas onde os incêndios podem ter começado.
O combate não para. E o fogo também não. Já são quase 700 mil hectares queimados, em 2024, no Pantanal. Quase 5% de todo o bioma. Oitenta e dois agentes da Força Nacional já estão na região para atuar no combate ao fogo.
Nesta sexta-feira (28), um avião KC-390, da Força Aérea Brasileira, equipado com sistema de combate a incêndio, chegou em à região. Ele tem capacidade para carregar quase 12 mil litros de água. Os voos na região de Corumbá começaram no início da tarde desta sexta-feira (28). É a primeira vez que a FAB usa essa aeronave nesse tipo de operação.
Em uma sala na base naval da Marinha, em Ladário, começou a funcionar um gabinete de crise da Polícia Federal. A PF quer saber onde surge o fogo que destrói o bioma. Para isso, usa imagens de satélite.
“Conseguimos identificar um local de incêndio. Conseguimos regredir no tempo para ver onde exatamente esse incêndio começou. Identificado esse local preciso do início fogo, equipes periciais serão lançadas no local para iniciar o trabalho técnico de identificação do tipo do fogo e de quem, eventualmente, tenha colocado esse fogo no local. Identificando, esse sujeito terá que ser responsabilizado – quer seja pelo dolo de colocar fogo, quer seja por culpa, por manejo, irregular do fogo. Até mesmo um dolo eventual. Ele assumiu o risco de perder o controle do fogo, e o fogo se espalhou por toda a região”, afirma Carlos Dangelo, superintendente da Polícia Federal de MS.
Nesta sexta-feira (28), as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, estiveram em Corumbá. Ao lado do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, sobrevoaram áreas atingidas pelos incêndios.
“Já identificamos da onde veio a propagação do fogo, a origem do fogo, as propriedades em que começou esse fogo. Algo em torno de 18 a 19 propriedades”, diz Marina Silva, ministra do Meio Ambiente.
A ministra do Planejamento diz que não faltam recursos para atender o bioma.
“No ministério específico do Meio Ambiente já liberamos agora, semana passada, mais de R$ 100 milhões. E o que virá, nós estamos aguardando desses outros seis ministérios o pedido extra, daquilo além do que já está gastando, para a gente criar um crédito extraordinário se houver necessidade”, afirma Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento.